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Missão Irasa enfrenta 17 horas de estrada entre Oruro e Santa Cruz

17 Jul 2009 - 11:26

De Santa Cruz de La Sierra/Marcos Coutinho

Missão Irasa enfrenta 17 horas de estrada entre Oruro e Santa Cruz
"Estamos testando todos os nossos limites". A observação, em tom de desabafo, foi feita por Elenita Fagundes Freitas, pedagoga, turismologa e historiadora, momentos antes da chegada da missão Integração Rotaria da Amizade Sul-americana (Irasa), em Santa Cruz de La Sierra, por volta das 22h30, após mais de 16 horas de estrada.


A missão partiu de Oruro, por volta das 6h30, com menos cinco graus de temperatura a mais de 3,6 mil metros acima do nível do mar. A economia base da cidade é a mineração de cobre, zinco, ouro, prata, urânio, comercio e turismo. Oruro foi a ultima cidade da primeira etapa da expedição Irasa, que partiu de Cuiabá na manhã do último dia 6.

Depois de Cuiabá, o grupo, formado por 24 adultos (médicos, bioquímicos, geólogos, jornalistas, pedagogos, advogados, contadores, administradores, bancários, farmacêuticos etc) e três crianças, seguiu para Cáceres e cumpriu uma jornada entre San Mathias, Concepcion, San Inácio de Velasco, Cochabamba, La Paz na Bolívia), Puno, Cusco, Machu Picchu e Ilhas Flutuantes do Lago Titicaca (no Peru), numa iniciativa pioneira e inusitada de integração.

"É uma jornada histórica, onde fomos um grupo pioneiro no sentido de abrir fronteiras no continente latino americano, através da Missão Irasa, especialmente para nos relacionarmos, buscando melhores condições e qualidade de vida para todos os rotarianos e, consequentemente, para as comunidades com as quais trabalhamos", conclui Elenita Freitas.

Aniversariante em plena jornada da expedição, João Fátima de Freitas, 63 anos (completados nesta sexta-feira) avalia que a missão Irasa cumpriu plenamente o seu objetivo de integrar as comunidades rotarianas do Brasil, Bolívia e Peru e, com certeza, trará grandes benefícios para os três países.

"Apesar de ser uma pessoa viajada e já conhecer outros países, como o Chile e Argentina, conhecer o Peru e a Bolívia, com um ônibus, para mim foi algo bastante inusitado, porque conheci a diversidade e os contrastes das cordilheiras, da cultura e dos povos dos dois países", ressalta João de Freitas.

Para o geólogo Serafim Carvalho Melo, coordenador da Missão Irasa 2009, os objetivos foram cumpridos apesar das dificuldades inerentes às grandes distancias e do revelo regional, que limita um melhor desempenho do ônibus, com uma velocidade média variando entre 40 km e 50 km por hora, o que nos impôs jornadas diárias de até 12 horas de viagem, quando poderíamos ter cumprido os trechos pela metade do tempo. Entretanto, isto e compensado pela extraordinária beleza das diferentes paisagens.

Serafim Carvalho Melo também integrou o Primeiro Estradeiro Internacional, organizado por iniciativa do governador Blairo Maggi, em 2005, Missão também acompanhada pelo Olhar Direto.

Na opinião de Jefferson de Oliveira, farmacêutico e bioquímico, do Rotary Várzea Grande-Aeroporto, a receptividade dos grupos visitados foi muito importante, assim como a participação do número de clubes que integravam a missão. "Estamos com representantes de seis clubes e isso os surpreendeu. Alem disso, em todos os encontros, os clubes brasileiros eram a maioria, que abriram novas oportunidades através de convênios e intercâmbios de jovens e profissionais. E outra que me marcou foi uma fala de um companheiro de Oruro, que enfatizou que as barreiras físicas podem persistir, mas as aproximações através dos corações podem ser facilmente transponíveis", assinala Jefferson Oliveira.

Na avaliação do "companheiro" Adão Alonso dos Reis, contador e ex-governador do Rotary Distrito 4440, no biênio 2006/2007, "todas as opiniões externadas pelos rotarianos comprovam a internacionalidade do Rotary, quer por companheirismo e pela prestação de serviços, quanto pelos relacionamentos políticos, econômicos e comerciais", analisa.

A missão ficara dois dias em Santa Cruz de la Sierra e depois seguirá para San Inácio de Velasco. Na segunda-feira, dia 20, após o trecho entre San Inácio, San Mathias e Cáceres, o Irasa retorna para Cuiabá, com horário previsto de chegada para as 18h.

Santa Cruz de la Sierra foi fundada em 26 de fevereiro de 1561, nas margens do córrego Sutó, pelo general Ñuflo de Chaves, oriundo de Santa Cruz de La Sierra de Extremadura. A cidade tem a base da sua economia a produção petroquímica da Bolívia, em especial da produção de gás natural que exporta para países vizinhos, como o Brasil.

A expedição é uma iniciativa do Rotary International, Distrito 4440, em parceira com o Sistema da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e com acompanhamento do Olhar Direto.
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