Após a prisão de Pedro Nadaf, sua irmã, a escritora Yasmin Nadaf, se pronunciou em defesa do ex-secretário da Casa Civil. “Acredito que foi injusto, precipitado e desnecessário”, declarou. Pedro foi detido na terça-feira (15), suspeito de participar de um esquema que cometeu crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além dele, o ex-secretário da Fazenda, Marcel de Cursi, também está em cárcere. O ex-governador, Silval Barbosa, teve prisão preventiva decretada, mas está foragido.

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Yasmin também considera a “divulgação da imprensa bastante excessiva”. Segundo a escritora, a imagem do irmão está sendo “achincalhada” pelos veículos de comunicação. E ainda disse que a trajetória e o trabalho de Pedro Nadaf precisam ser levados em conta, pois ele está sendo acusado por uma “suposta” delação.

E acrescentou que a família já contribuiu bastante com o crescimento do Estado e que isso também deveria ser lembrado em momentos como este. “Aquilo que meu pai fez no comércio, leia-se Sesc Arsenal e Sesc Pantanal, ficará para milênios da posteridade. E eu, em 35 anos como escritora e doutora em literatura, levei a história da cultura e da literatura de Mato Grosso para fora do Estado e do Brasil”, declarou.

O nome do pai de Yasmin e Pedro, Jamil Boutros Nadaf Nadaf, inclusive, batiza uma das obras que mais simboliza a polêmica gestão de Silval Barbosa, o “viaduto da Sefaz”, que ficou interditado por um ano devido a problemas estruturais.

Enquanto isso, Pedro Nadaf continua detido e seu advogado, William Khalil, aguarda receber os autos que determinaram a prisão para protocolar um pedido por liberdade.

O caso

A operação Sodoma acontece no âmbito de inquérito policial que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo, nos anos de 2013 e 2014. O promotor Fábio Galindo, responsável pelo caso, informou que a operação ocorre no curso da investigação criminal iniciada há mais de quatro meses e está amparada em robusto acervo de provas.

A operação foi realizada em conjunto pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público Estadual, Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.