O ex-secretário do Meio Ambiente, José Lacerda, está sendo ouvido na manhã desta sexta-feira (05), na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em Cuiabá, sobre o desvio de R$ 7 milhões na recompra de uma área rural com extensão de 727,9314 hectares, que já havia sido adquirida pelo Estado anteriormente. O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como ‘cabeça’ do esquema, tendo o ex-secretário Pedro Nadaf como o seu braço direito.
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José Lacerda chegou à sede do Gaeco por volta das 09 horas desta sexta-feira. Em rápida declaração à reportagem do
Olhar Direto, ele afirmou desconhecer os detalhes do processo. O ex-secretário ainda comentou que o parecer da sema não foi homologado, mas a mudança para estação ecológica foi feita por meio do decreto de Silval.
O ex-secretário ainda acrescentou que não homologou o parecer porque ele queria saber antes se o governo tinha interesse em adquirir a área. Mas o parecer recomendando a ampliação da área foi feito por técnicos de carreira da sema.
Operação Seven
As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público Estadual (MPE), apontaram que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seus ex-secretários “saquearam” o Estado em tempo recorde. O documento aponta que tudo foi feito de forma célere e “no apagar das luzes” do mandato do ex-chefe do Executivo. Mandados de prisão contra Silval e Pedro Nadaf foram cumpridos.
Segundo o Gaeco, os envolvidos, no que é chamado de “negociata”, teriam desviado do erário público a quantia de R$ 7.000.000,00 quando providenciaram a simulação de compra, por parte do Estado de Mato Grosso, de uma área rural com extensão de 727,9314 hectares, que já havia sido adquirida pelo Estado anteriormente.
Com base nas informações e nos levantamentos, o MPE conclui que: “Esses elementos trazem a triste constatação de que o Estado de Mato Grosso foi mais uma vez saqueado”. Silval é visto como o ‘chefe’ do esquema, enquanto que Pedro Nadaf seria o braço direito do ex-governador. "O Ministério Público logrou, ainda, apontar com precisão para a existência de uma fortíssima organização criminosa, instalada no Governo do Estado de Mato Grosso, chefiada pelo então Governador Silval da Cunha Barbosa".
Primeira atualização às 10h18. Segunda atualização às 10h35.
