A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz) de Mato Grosso deflagrou nesta tarde, 22, a terceira fase da Operação Sodoma, que apura um grande esquema de corrupção no Estado durante a gestão de Silval Barbosa (PMDB). A ação foi confirmada pelo delegado Lindomar Tófoli, que preside o inquérito. Ele confirmou que o ex-governador Silval Barbosa é um dos alvos e está com decreto de prisão preventiva expedido pela 7ª Vara Criminal. Esse é a terceiro mandado de prisão expedido contra ele pela 7ª Vara Criminal, de Cuiabá.
A ação policial - Sodoma 3 - foi desencadeada um dia antes do julgamento do pedido de habeas corpus de Silval, buscando revogação de prisão, imposta em consequência da Operação Seven, voltar à pauta da 3ª Câmara Criminal de Cuiabá. Na semana passada, o relator do pedido, desembargador Luiz Ferreira, manifestou voto favorável, porém pediram vistas dos autos os desembargadores Gilberto Giraldelli e Juvenal Pereira da Silva. Caso a solicitação fosse aceita, Silval teria conseguido a reverter a segunda ordem de prisão. No último dia 15, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia deferido solicitação dos advogados do ex-gestor, revogando a detenção decretada em setembro de 2015, na Operação Sodoma.
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O delegado declarou ainda que Sílvio Corrêa, ex-chefe de gabinete de Silval, e Pedro Elias, que atuou como secretário de Administração, também foram presos. Os dois já passaram pelo Instituto Médico Legal (IML) e foram encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Eles vão dividir o espaço com Silval, que já está preso no CCC, assim como outros três ex-secretários da gestão dele: Eder Moraes (Secopa), Marcel de Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Casa Civil). Outro ex-secretário, César Zílio (SAD), alvo da Sodoma 2, está preso no Corpo de Bombeiros, por ter a prerrogativa de advogado.
O delegado Lindomar declarou que no total foram expedidos três mandados de prisão preventviva. Afirmou ainda que a ação de hoje é um desdobramento da Sodoma 2, deflagrada em 11 de março, quando 21 ordens judiciais foram cumpridas. Mediante a análise de materiais apreendidos na primeira fase da ação, a Polícia Civil constatou que cheques empregados no esquema de extorsão com a venda de incentivos fiscais quitaram parte da compra de um terreno de R$ 13 milhões em Cuiabá.
Todos os presos na operação já foram encaminhados ao sistema prisional de Mato Grosso.
Defesa
O advogado Eustáquio Neto, que atua na defesa de Sílvio, declarou que ainda não conseguiu acesso aos autos para tomar ciência quanto às acusações imputadas ao seu cliente. Ele confirmou que Silvio foi preso em sua residência.
Atualizada às 18h09 e 18h16
