O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Fábio Galindo, afirmou no começo da noite desta terça-feira (22) que a operação Sodoma, que colocou Silval Barbosa (PMDB) e cinco secretários na cadeia, está sendo desenvolvida na mesma lógica da operação Lava jato, em Curitiba, que tem investigado crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o governo federal e integrantes do Congresso Nacional.

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"A exemplo da Operação Lava Jato, que se desenrola em fases, digerindo todo o volume de informações angariado, a Sodoma trabalha na mesma lógica, avançando passo a passo, alcançando todos os que participaram da organização criminosa investigada", disse Galindo, que comanda o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira).
 
De acordo com ele, a operação é resultado de um trabalho "criterioso, estratégico e que emprega as melhores filosofias e técnicas". A ação é fruto do trabalho da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Administração Pública e Contra a Ordem Tributária (Defaz), que integra o Cira, criado em 2015 pelo governador Pedro Taques como uma alternativa para melhorar a arrecadação do Estado com a prevenção e repressão de atividades de danos ao erário e lesão patrimonial. O Cira é formado por vários órgãos que prestam serviços à população, como Ministério Público, secretarias de Segurança Pública e de Fazenda e Procuradoria Geral do Estado.
 
Terceira fase da Sodoma
 
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), pela Polícia Judiciária Civil, deflagrou na tarde desta terça-feira (22) a operação Sodoma 3 para o cumprimento a mandados de prisão preventiva.
 
As ordens de prisão tinham como alvo o ex-governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, o ex-secretario de administração, Pedro Elias Domingos de Mello e o ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa de Araujo. Um mandado de busca e apreensão domiciliar foi cumprido em desfavor de Pedro Elias. As diligências estão em andamento.

A terceira fase da operação Sodoma é consequência da Sodoma 2, realizada no dia 11 de março para apurar a suspeita de pagamentos de propina em contratos celebrados com o governo do Estado na gestão de 2010 a 2014.
 
Na etapa anterior da operação, foi preso o ex-secretário Cesar Zilio. Já na primiera, foram para a cadeia além de Silval, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, membros do núcleo duro do governo passado.