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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Empresário revela à Polícia que Riva recebeu R$ 2,5 mi de propina paga na gestão Silval

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

O ex-deputado José Riva teria recebido os últimos cinco meses de propina da Consignum

O ex-deputado José Riva teria recebido os últimos cinco meses de propina da Consignum

O empresário Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, afirmou, em depoimento à Polícia Civil, no inquérito da Operação Sodoma, que parte da propina paga ao governo estadual, em 2014, foi destinada ao ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva. O dinheiro teria sido pago em cinco cheques que somaram R$ 2,5 milhões.


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O valor é correspondente à propina dos últimos cinco meses do governo de Silval Barbosa (PMDB), já que o empresário teria sido obrigado a pagar pelo menos R$ 500 mil por mês para garantir a manutenção do seu contrato para fornecimento do software para os servidores realizarem empréstimos consignados. O termo de declarações foi feito no dia 15 de março, com o delegado Marcio Moreno Veras, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).

Willians relatou ao delegado que o então secretário de Estado de Administração (SAD) Pedro Elias o procurou, por volta do mês de agosto de 2014, dizendo que o então governador Silval Barbosa (PMDB) tinha um compromisso com Riva, e que os valores dos últimos cinco meses do governo deveriam ser pagos ao deputado. O empresário afirmou que teve medo de pagar essas parcelas adiantadas, e depois ser novamente cobrado.

Desse modo, Pedro Elias o teria levado até à casa de Riva, no bairro Santa Rosa, numa manhã, onde Willians conversou com os dois. José Riva teria confirmado que Silval tinha uma dívida de campanha com ele, de modo que o ex-governador teria cedido parte da propina para quitar essa dívida com o ex-deputado. Riva ainda teria garantido ao empresário que ele não seria mais cobrá-lo e que o contrato dele estava garantido. Desse modo, Willians entregou a Pedro Elias cinco cheques no valor de R$ 500 mil, no total de R$ 2,5 milhões, para ser entregue a Riva.

Essa negociação teria sido feita por Pedro Elias porque, após assumir a SAD, no final de 2013, ele teria também assumido a missão de operar a cobrança da propina, em substituição ao antigo secretário César Zilio. Após a saída de Zilio, o advogado Francisco Faiad comandou a pasta, porém, Willians afirma nunca ter tratado dessas questões com ele, e informou que durante a  gestão de Faiad, Zilio continuava efetuando a cobrança.

O empresário declarou que começou a pagar a propina para Pedro Elias somente após se reunir com Silval Barbosa, que lhe informou que ele era a nova pessoa responsável pelo recebimento. Silval teria dito que estava bravo com César Zilio, pois o ex-secretário, que nessa ocasião era presidente do MT Par, não estava sendo leal com ele.

Willians Mischur foi preso no dia 11 de março, na fase 2 da Operação Sodoma, Defaz, e liberado no dia 15 de março. Cheques dele provenientes de propina foram usados na compra de um terreno de R$ 13 milhões na avenida Beira Rio, em Cuiabá, que teria sido usado para “lavar” o dinheiro da corrupção. No ato da prisão de Willians, a polícia também apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro em sua casa. 

José Riva também está preso, mas pela Operação Célula Mãe, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), acusao de desviar recursos da verba de suprimentos da Assembleia Legislativa. 
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