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CONFRONTO Á VISTA

Sem reajuste, servidores convocam assembleia para próxima terça e há risco de greve geral

06 Mai 2016 - 11:38

Da Redação - Ronaldo Pacheco / Da Reportagem - Laíse Lucatelli

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Sem reajuste, servidores convocam assembleia para próxima terça e há risco de greve geral
Sem que o governo de Mato Grosso conceda a Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% pleiteada pelos servidores, o Fórum Sindical mobiliza diversas categoriais para paralisação de advertência, na próxima terça-feira (10), a partir das 14 horas, na Praça das Bandeiras, no Centro Político e Administrativo (CPA). No local, haverá uma assembléia geral unificada, quando os servidores vão deliberar sobre as providências a serem a adotadas na cobrança do RGA e até podem tirar indicativo de greve geral.


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O Fórum Sindical está dividido quanto aos rumos a serem seguidos. Todavia, cresce a parcela dos dirigentes sindicais que projetam greve geral como  alternativa de cobrança do RGA. “Podemos adiantar que os indícios para a greve são muito fortes”, disse o presidente da  Associação dos Servidores da Ager (Asager), James Jaudy, à imprensa. 

"Não houve proposta do governo e os servidores estão insatisfeitos. O RGA não é um reajuste, é uma revisão a que temos direito. O Estado não arrecada sozinho, somos nós que fazemos a máquina girar. O governo pede sensibilidade aos servidores para a crise e vamos levar isso à assembleia geral. Mas temos que lembrar que o governo vem pedindo sensibilidade desde o ano passado, quando aceitamos o parcelamento do RGA. Outros poderes já conseguiram o RGA integral este ano", afirmou o sindicalista. 

 
Nos últimos meses e na reunião desta sexta-feira (6), no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás, o governador José Pedro Taques (PSDB) solicitou para que o funcionalismo não faça greve. Ele sugeriu que a greve em ano eleitoral poderia ser utilizada como cunho político e prejudicar tanto o governo quanto aos servidores, além da população em geral.

O secretário Júlio Cesar Modesto, de Estado de Gestão, pediu paciência ao funcionalismo e anunciou que serão realizadas reuniões mensais, com o Fórum Sindical, para apresentar o quadro de receitas e despesas do Estado. Ele reiterou o pedido do governador para que os servidores não façam greve. "Não é o momento de fazer greve. É o momento de buscar soluções", destacou Julio Modesto nesta sexta, em entrevista coletiva. 
 
Embora a lei que autoriza o RGA destaque que sua concessão deve levar em conta a possibilidade fiscal e financeira, o Fórum Sindical encara a reposição inflacionária como “direito adquirido” e a sua não concessão seria um retrocesso. O governo contrapõe com a tese de que as receitas correntes líquidas cresceram 86% nos últimos seis anos, enquanto o aumento da folha de pagamento superou 250% no mesmo período.
  
Em recente entrevista, o presidente do Servidores Públicos da Carreira de Desenvolvimento Econômico e Social de Mato Grosso (Sindes/MT), Adolfo Grassi, havia defendido a greve geral.
    
“A carreira já está em mobilização e até a reunião do governo com o fórum sindical, também ficará em estado de alerta, não está descartada a paralisação geral da categoria, caso o governo não apresente proposta de pagamento”, explicou Adolfo Grassi, em nota distribuída à imprensa.

Atualizado às 11h56.
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