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DIFÍCIL ACORDO

Governo de MT afirma que 5% do RGA parcelado é o máximo possível para não atrasar salário

30 Mai 2016 - 11:22

Da Redação - Ronaldo Pacheco/ Da Reportagem - Laíse Lucatelli

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Governo de MT afirma que 5% do RGA parcelado é o máximo possível para não atrasar salário
O que parecia uma tentativa de encerrar o imbróglio do governo de Mato Grosso com o Fórum Sindical, com a apresentação de proposta ao Reajuste Geral Anual (RGA), pode não terminar com o resultado esperado. A equipe econômica do governador José Pedro Taques (PSDB) oferceu 2% do RGA em setembro e 3% em janeiro de 2017, enquanto o Fórum Sindical mantém a exigência de 11,28%, referente à inflação 2015.

 
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Já estão em greve os servidores da saúde, da área instrumental do governo e da carreira dos profissionais de desenvolvimento econômico e social do Estado. A educação e mais 25 categorias têm indicativo de greve para amanhã (31) e quarta-feira (1 de junho).
 
“Vamos manter o diálogo aberto, porque o Estado tem responsabilidade com mais de 100 mil famílias. E responsabilidade significa: não fazer mais do que aquilo que você pode honrar”, afirmou o secretário Júlio Cézar Modesto, de Estado Gestão (Seges).
 
“O que eu quero dizer: os sindicatos têm responsabilidade, assim como o Poder Executivo: a preservar as famílias e preservar os salários. A greve é um direito constitucional. Mas a greve traz de conseqüência: paralisação dos serviços para a sociedade, como não atendimento na saúde, na educação e na segurança. E, possíveis perdas de receitas. Hoje o Estado consegue pagar tudo em dia, com muito suor e sacrifício”, citou o titular da Seges.
 
Júlio modesto lembrou que a lei estadual 8.278/2004 determina que o RGA deve ocorrer, todos os anos,  por lei específica. “A folha de pagamento  cresceu 236% contra apenas 150% das receitas correntes. Se o Estado tiver crescimento de receita ou liberação de margem [de 49% da Lei de Responsabilidade Fiscal], pode-se recompor perdas salariais, no futuro. O que temos de proposta no momento é isso”, sintetizou ele, insistindo na tese de que o governo do Estado não vai fechar o diálogo com o Fórum Sindical.
 
O coordenador do Fórum Sindical, James Jaudy, presidente da Associação da dos servidores da Ager (Asger), afirmou que a proposta não é nada agradável e talvez nem viável. “Foge totalmente do que esperávamos; ficamos decepcionados com a proposta, porque a luta pela integralidade [11,27%] do RGA. Mato Grosso tem incremento da arrecadação e os números [do governo] não estão batendo”, afirmou ele.
 
“O crescimento da arrecadação é visível. Mato Grosso é quem segura a balança comercial do país. Os servidores é quem fazem a máquina girar e o Estado arrecadar”, observou ele. “Não é interesse de ninguém fazer a grave! Nós queremos trabalhar. Pergunte para um a um dos servidores. Lamentavelmente a greve é a única forma que temos para pressionar o patrão; o governo. A insatisfação é total”, revelou Jaudy.
 
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do governo (Sinpaig), Edmundo César Leite, classificou a contraproposta como uma afronta do Poder Executivo. “Quem tem  amor à sua família, amor ao seu salário, tem de recusar a proposta ridícula do governo. Estamos prontos para conversar, mas não para sermos humilhados”, argumentou ele.
 
Edmundo César fico irritado com a cobrança de responsabilidade – dos sindicalistas – feita publicamente pelo secretário Júlio Modesto. “Dizer que o governo é responsável; quer dizer que nós [sindicalistas] somos irresponsáveis? É inaceitável! Nós queremos 11,28% e trocar por 5% em duas vezes, é nos chamar de idiotas. A emenda ficou pior que o soneto”, pontuou o dirigente sindical.
 
O presidente do Sinpaig citou que os demais poderes já resolveram a situação: a Assembleia Legislativa irá pagar 9,8% aos comissionados; o Ministério Público assegura RGA integral de 11,28% em janeiro de 2017 e o Tribunal de Contas do Estado  vai pagar em parcelas, enquanto o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, após a derrubada do veto do governador em exercício Carlos Fávaro (PSD), na semana passada, já decidiu que irá pagar integral.
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