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Sodoma

Após 9 horas, Defaz encerra diligências e Silval será ouvido por 'novo esquema'; acompanhe

26 Set 2016 - 08:00

Da Reportagem Local - Wesley Santiago / Da Redação - Patrícia Neves / Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Wesley Santiago / Olhar Direto

DEFAZ

DEFAZ

 A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), da Polícia Civil, deflagrou na manhã desta segunda-feira (26), a 4ª fase da Operação Sodoma, que investiga crimes de corrupção praticados contra uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso.

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O foco da Operação Sodoma  é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três  desapropriações milionárias  pagas pelo governo Silval Barbosa, durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, preso no Centro de Custódia de Cuiabá, teve novamente uma prisão preventiva cumprida, além de Marcel De Cursi, Arnaldo Alves, Silvio César Correia Araújo e Valdir Piran. Para prestarem interrogatórios foram conduzidos coercitivamente Valdir Piran Junior, Eronir Alexandre, Marcelo Malouf, José Mikael Malouf, Alan Malouf, Willian Soares Teixeira, Catarino da Silva Neto e Eliana Martins da Silva além do cumprimento de buscas e apreensão em residências e empresas dos investigados.

Conforme assessoria da Polícia, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, procurador de Estado aposentado, foi preso por mandado de prisão preventiva no Rio  de Janeiro (RJ), por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Os investigados Valdir Piran e Arnaldo Alves tiveram os mandados de prisão cumpridos em Brasília, com apoio da Polínter do Distrito Federal.



As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada pelo ex-governador do Estado de Mato Silval da Cunha Barbosa.

Ficou  comprovado na investigação que participaram dessa fraude além de Silval Barbosa,  as pessoas de Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (procurador de Estado aposentado), Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves De Souza Neto (ex-secretario de planejamento), Afonso Dalberto (ex-presidente do INTERMAT), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso Filinto Muller e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação,  o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 retornaram  via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais)  pertencia ao chefe Silval Barbosa, ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel De Cursi (ex-secretário de fazenda), Arnaldo Alves de Souza Neto (ex-secretário de Planejamento), Afonso Dalberto e o procurador aposentado Chico Lima.

Além de diversas colaborações premiadas, confissões e análise documental ocorridas durante a investigação que auxiliaram desvendar todo o ‘modus operandi’  do esquema milionário de desvio de dinheiro público, a prova material obtida através dos afastamentos de sigilos bancários e fiscal corroboraram a participação de todos os envolvidos, não deixando quaisquer dúvidas quanto às suas respectivas atuações em mais esse enorme esquema criminoso que sangrou os cofres públicos do Estado de Mato Grosso.

Assim, com base em todas as provas produzidas a Policia Civil representou por por prisões preventivas, buscas e apreensões, conduções coercitivas e ainda bloqueios judiciais de contas bancárias, nos quais foram cumpridas em Cuiabá e nas cidades de Brasília e Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.

Acompanhe:

15h47 - O último conduzido de hoje, o empresário Jair Santan Rodrigues, é dono de uma empresa que presta serviços terceirizados.
 

15h00 - A delgada Cleibe aparecida, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz),  afirmou que acabaram as diligencias após cerca de nove horas. Silval Barbosa, ex-governador de Mato Grosso, será interrogado. Porém, a oitiva não será realizada nesta segunda-feira. Jair Santana Rodrigues Braga foi o último a ser conduzido.

14h20 - Allan Malouf deixa a Defaz. O empresário prestou depoimento por aproximadamente duas horas. Acompanhado de advogados, Malouf preferiu não comentar o caso.



13h51 - Há informações de que uma equipe da Delegacia Fazendária encontra-se nesse momento na cidade de Várzea Grande onde é cumprido mais uma ordem de condução coercitiva. 

13h45 -  O empresário Allan Malouf ainda permanece no interior da delegacia fazendária. A delegada Cleibe Aparecida de Paula deixou o prédio há poucos minutos, mas preferiu não tecer comentários à imprensa.
 
12h04 - O empresário Allan Malouf acaba de chagar à Delegacia Fazendária. Ele está acompanhado dos Advogado Maurício Aude e Huendel Rolim. Declarações não foram dadas a imprensa. Conforme informado por Rolim, os autos estão sob segredo de Justiça, o que inviabiliza a divulgação de qualquer fato.

11h32 - Durante a busca e apreensão, os policiais encontraram armas e munições em um cofre, na casa de Valdir Piran, em um condomínio de luxo na cidade de Brasília. A ação foi comandada pela delegada Cleibi Aparecida, titular da Defaz.

11h22 - Ademir Beraldi, sócio diretor da Todimo Materiais de Construção, também foi conduzido coercitivamente na manhã desta segunda-feira (26) para prestar esclarecimentos.



11h20 - Foram cumpridas ordens de busca e apreensão na casa do empresário Alan Malouf, localizada no edifício Japuíra, e também na sede do Buffet Leila Malouf, de propriedade do empresário.  
 
10h05 - Valdir Piran Junior, filho de do empresário Valdir Piran, foi ouvido em Brasilia, após condução coercitiva. Ele foi liberado logo depois dos esclarecimentos. A informação foi confirmada pelo Polícia Civil de Mato Grosso. O patriarca segue preso.

09h48 - Chegaram para prestar esclarecimentos os dois alvos de condução coercitiva Catarino da Silva Neto e Eliana Martins, que são primos. A Defaz investiga o recebimento de cheques em valores que ultrapassam R$ 300 mil. Eles estavam na mesma casa quando foram alvos do cumprimento do mandado.

09h40 - Foram confirmadas conduções coercitivas para interrogatórios contra: 
Valdir Piran Junior
Eronir Alexandre
Marcelo Malouf
José Mikael Malouf
Alan Malouf
Willian Soares Teixeira
Catarino da Silva Neto
Eliane Martins


09h37 - São alvos de mandados de prisão:
Ex-governador Silval Barbosa (já preso no Centro de Custódia de Cuiabá)
Marcel De Cursi (também preso)
Arnaldo Alves
Silvio César Correia Araújo 
Valdir Piran


09h30 - O advogado Tiago Maiolino, que faz a defesa de Eronir Alexandre afirmou rapidamente que ainda buscará mais informações sobre a operação. Eronir trabalha no financeiro do Piran e foi interrogado sobre possíveis irregularidades envolvendo um terreno no bairro Jardim Liberdade.

09h23 - Rolim afirma ainda que não pode dar mais informações sobre a investigação para não quebrar o sigilo da operação. Apenas reitera que seu cliente foi convidado a prestar esclarecimentos na manhã de hoje e assim o fez.

9h17: Pela defesa de Marcelo Malouf, o advogado Huendel Rolim falou com a imprensa. "Marcelo apenas foi conduzido como testemunha. Na verdade é uma operação financeira que foi realizada. Marcelo tomou um empréstimo e ele foi ouvido hoje na condição de testemunha. Prestou todos os esclarecimentos necessários e está tudo bem". A defesa reitera. "Ele é apenas testemunha".

9h11: Questionado sobre as supostas operações financeiras ilícitas relacionadas a Malouf, o advogado esclarece. "Cheques transitam livremente por simples endosso. A própria lei do cheque permite que ele percorra diversos contratos, ou seja, emitidos nominalmente a alguém e o endosso faça com que ele seja depositado em outras contas. Receber cheque endossado não é crime nenhum. Então estão sendo analisados alguns cheques, onde eles foram depositados e as pessoas que os receberam estão vindo e esclarecendo as transações financeiras que os legitimam. Com relação a meu cliente, as transações são absolutamente lícitas. Ele veio e esclareceu. Inclusive a autoridade policial já o liberou". 

9h05: Em nome de José Mikael Malouf, o advogado Ulisses Rabaneda, que também defende Silval Barbosa, falou com a imprensa agora na sede da Defaz. "Nós ainda estamos analisando. Não tivemos acesso à decisão da magistrada. São vários documentos, muitos meses de investigação em decorrência da Operação Sodoma. Então temos pouco a esclarecer até pelo pouco de informações que temos. Ao que parece algumas transações financeiras estão sendo investigadas e nosso cliente veio e prestou as declarações e os esclarecimentos devidos". 

8h58: O advogado de Silval Barbosa, Valber Melo, falou com Olhar Direto. Afirma que tudo o que sabe até o momento parte da imprensa. Ele nega estar na sede da Delegacia Fazendária. 

8h56: A movimentação de advogados é intensa na sede da Defaz. Entretanto, nenhum fala com a imprensa.

08h37: A Polícia Civil confirmou a prisão do empresário dono de factoring Valdir Piran.
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