Após meses de expectativa, a audiência de conciliação sobre a proibição da pesca profissional em Mato Grosso pelo período de cinco anos terminou sem acordo no Supremo Tribunal Federal (STF). A reunião foi finalizada logo após o ministro relator, André Mendonça, se irritar com a representante do segmento da pesca, Nilma Silva. Antes disso, ele repreendeu o deputado Wilson Santos (PSD) por pegar o celular e gravar a audiência. 

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A lei estadual é objeto da ADI 7514, ajuizada pelo Partido Social Democrático (PSD), que tramita em conjunto com a ADI 7471. A ação do PSD tem como um dos principais articuladores o deputado Wilson Santos, que tem mergulhado de cabeça a fim de declarar a lei inválida. 

Após a audiência, Mauro foi questionado sobre a posição de Wilson em matérias contrárias ao governo, já que ele é considerado um parlamentar da base aliada. Em sua resposta, disse que discordância é normal e apontou que para ser deputado da base, não significa que tenha que concordar o tempo todo com o executivo. 

“Ele é considerado um deputado da base. Base aliada não significa base alienada. Acho que todos nós temos o direito de pensar, de expressar as nossas opiniões, podemos convergir na maior parte do tempo e podemos, de vez em quando, discordar. Isso não torna as pessoas inimigas e nem adversárias”, escalou. 

Ele utiliza como exemplo o deputado estadual Lúdio Cabral (PT). “O deputado Lúdio, por exemplo, muitas vezes já votou com o governo, mas se declara oposição. Eu respeito isso, democracia estabelece esse princípio de relacionamento. Então, ter alguma divergência não exclui ninguém da nossa base”.