A partir da próxima sexta-feira (30) os pacientes em estado grave que forem socorridos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) serão encaminhados para o Hospital Geral Universitário (HGU). A medida, anunciada nesta terça-feira (27) pelo Secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro,
adiantada pelo Olhar Direto no último domingo, foi tomada em virtude da crise instalada na saúde em Cuiabá, com a consequente greve dos médicos.
Com a paralisação desses profissionais no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), a demanda de pacientes que necessitam de atendimento de urgência e emergência vem sendo jogada para o Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde os médicos também estão “em batalha” contra as condições de trabalho e devem seguir os mesmos passos que os colegas da capital.
Sem poder contar plenamente com essas duas unidades de saúde para atender casos graves de urgência e emergência, o HGU passa a ser, temporariamente, uma alternativa à segurança da população. Com o escasso atendimento nos pronto-socorros, o Samu tem demorado a encaminhar os pacientes, pois não tem onde deixá-los.
Augustinho Moro ressalta que foi montada uma equipe de plantonistas no HGU e que apenas os casos mais graves serão levados pelo Samu até aquela unidade de saúde. O restante continuará tendo destino nos pronto-socorros e policlínicas.
O HGU terá equipe médica de ortopedista, anestesista, cirurgião geral, bucomaxilofacial, neurocirurgião, cirurgião vascular, além de exames de imagem, para abrigar somente os atendimentos de acidentados, baleados, esfaqueados ou acometidos em risco de vida.
A solução, segundo o secretário, deve perdurar enquanto a paralisação dos médicos na capital não for resolvida e os impasses, desfeitos. “Quando o problema for resolvido, tudo volta ao normal e o Samu volta a levar os casos graves para o Pronto-Socorro de Cuiabá”, explicou Moro.
Município vai pagar
O secretário Augustinho Moro ressalta que, quando o paciente encaminhado pelo Samu ao HGU for de Cuiabá, o custo com esse paciente será repassado ao município. “O que for do interior o Estado custeia”, diz.
Moro ainda afirma que vai repassar essas informações o quanto antes ao secretário municipal de Saúde, e que o custo com os pacientes oriundos de Cuiabá será descontado dos repasses mensais do Estado para o município.
