No serviço, Cristiano Inácio dos Santos dizia aos colegas de trabalho que tinha "um caso" com a advogada Alessandra Martignago, estuprada e morta por ele na sexta-feira (30). Pedia a eles que não contassem a ninguém, pois o romance vivenciado pelos dois era secreto. Cristiano, que foi linchado por familiares da vítima e por populares após o crime, também já havia furtado a residência de Alessandra. Na oportunidade, levou objetos pessoais – perfumes e jóias e roupas íntimas.
Suspeito de assassinar advogada já tinha estuprado ex-mulher e menina de 14 anos
Advogada é estuprada e assassinada e população tenta linchar suspeito; OAB exige providências
A fixação do jovem pela vítima mostra sinais de psicopatia. Considerando os três elementos condutores mestres da ação humana como sendo o Querer, o Dever e o Conseguir - na linguagem freudiana, o Id, o Superego e o Ego, o sociopata seria aquele que, não dispondo ou dispondo deficitariamente do Dever (superego), estaria autorizado, por si mesmo, a proceder da maneira mais eficiente para seu prazer ou sua sobrevivência.
Dois psicólogos entrevistados pela reportagem do
Olhar Direto disseram que o comportamento do agressor podem indicar traços de sociopatia, como problemas de conduta, impulsividade, ausência de autocontrole e irresponsabilidade; encanto superficial, notável inteligência e loquacidade – características que segundo colegas de trabalho Cristiano possui; egocentrismo patológico, autovalorização e arrogância – o suposto assassino da vítima se vangloriava de ter um caso com Alessandra; grande pobreza de reações afetivas básicas e vida sexual impessoal, trivial e pouco integrada – Cristiano é acusado de estuprar a ex-mulher e de tentar estuprar uma garota de 14 anos.
Fuga e capotamento
Segundo o Jornal Diário, após tomar ciência de que o carro de Alessandra havia sido roubado pelo suposto assassino, familiares - assim como o grupo de Inteligência da Polícia Militar, começaram a procurar pelo veículo, que ainda estaria na cidade. Minutos após o início das buscas, a PM chegou ao veículo, localizado próximo a Região dos Lagos.
“Primeiramente foi dada ordem para que o suspeito parasse, ordem que foi ignorada por ele que saiu em fuga em alta velocidade. Fechamos o cerco, estouramos um dos pneus, mas ele não parou; na fuga acabou perdendo o controle e capotando o carro, que caiu dentro do lago”, relatou o capitão Guides.
Após o acidente, Cristiano Inácio dos Santos conseguiu sair do carro e fugiu em direção a mata, localizada nos fundos da Região dos Lagos. Na fuga, foi atingido por um tiro na perna. Bastante machucado, foi levado ao Pronto Atendimento (PA).
O carro foi retirado do lago e levado para sede da Politec, para recolher digitais para saber se haviam ou não mais pessoas no veículo. Cristiano foi levado posteriormente ao Hospital Regional de Rondonópolis, devido a gravidade dos ferimentos que sofreu no acidente. O suposto assassino também foi espancado por familiares da vítima e por populares.
