O advogado Darlan Martins Veigas afirmou na data de hoje (11) que o empresário Willian Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, preso na segunda fase da operação Sodoma, efetuou a aquisição de imóvel em Cuiabá, porém, não confirma se os negócios envolveram ex-secretários de Estado, alvos da ação deflagrada pela Delegacia Fazendária nesta manhã. 

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Por um suposto esquema de pagamentos de propinas, lavagem de dinheiro e corrupção, foram determinadas e, cumpridas, as prisões contra os ex-secretários de  Administração César Zilio, de Fazenda Marcel de Cursi e da Casa Civil e Indústria e Comércio Pedro Nadaf. “A única coisa que sei é que ele adquiriu um imóvel, mas não sei dizer de quem. Mas ele têm documentos [da transação efetuada]”.
 
Ao ser questionado sobre a localização dos terrenos, ele declarou que não saberia dizer e reclamou da falta de informações da Polícia. “A imprensa sabe muito mais do que nós. É preciso que a OAB tome as medidas cabíveis e necessárias para possamos trabalhar”, reclamou.

Willian não deverá ser ouvido hoje já que, prioritariamente, as cinco pessoas conduzidas coercitivamente irão prestar esclarecimentos ainda nesta sexta-feira. Por não possuir curso superior, ele deverá ser encaminhado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), no Carumbé.

Alvo

O O empresário foi alvo de três mandados de buscas, cumpridos um na empresa Consignum e dois em residências, uma localizada em um edifício no bairro Santa Rosa, e outro em uma casa no condomínio Naútico Portal das Águas, no Manso na data de hoje. Em uma das residências a Polícia apreendeu cerca de R$ 1 milhão em espécie. 

Os ex-secretários de Indústria e Comércio e de Fazenda, Pedro Jamil Nadaf e Marcel Sousa de Cursi, respectivamente, estão presos desde a primeira fase da operação Sodoma, em setembro de 2015, no Centro de Custódia de Cuiabá.  Eles tiveram novamente mandados de prisao decretados e cumpridos. 

A operação Sodoma 2 apura conduta dos membros da organização criminosa na utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro. Os trabalhos são desdobramentos das investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.