Olá, viajantes! Nossa última coluna falava de uma cidade no norte da Bahia (leia aqui) e agora estamos no sul de Minas Gerais. Ou seja, precisamos atravessar dois dos maiores estados do país para chegar em uma região privilegiada pela natureza, com fontes de águas com propriedades medicinais (e com gás!). Estamos em Caxambu (376 km de Belo Horizonte). No entanto, teria sido mais fácil ter saído de Cuiabá para chegar aqui. Apenas um dia de viagem de carro (aproximadamente 20 horas) separa a capital mato-grossense deste destino, que é rota turística desde o tempo do Império.
A importância de Caxambu no período do Império, inclusive, ainda se faz presente na cidade, e isso faz parte do charme do local para atrair turistas. Igrejas históricas, ruas bucólicas de paralelepípedo, trechos da estrada real compõem o cenário. Antes, a cidade pertencia ao município de Baependi, e lá está em atividade de maneira ininterrupta um hotel fundado em 1884. Mas que tipo de turismo havia no Brasil no século retrasado? Qual a justificativa para uma rede hoteleira tão antiga?
Caxambu entrou no roteiro de visitação graças às fontes de águas com propriedades medicinais descobertas no século 19. A fama das águas “milagrosas” levou para lá a Princesa Isabel, que se curou de uma forte anemia no local e, a partir de então, passou a ter filhos. Conta-se que além de ingerir, ela se banhou em uma fonte ferruginosa – rica em ferro.
Ainda hoje a busca por cura através das águas atrai turistas de todo o país em Caxambu. No centro da cidade, há um parque das águas com 12 fontes com diferentes propriedades. O ingresso custa R$ 5 e cada visitante pode levar até 10 litros. Há dias e horários específicos em que não se paga para entrar, momentos em que os moradores aproveitam para reabastecer suas casas. O fato de a água sair da fonte naturalmente com gás é realmente muito curioso.
As águas de Caxambu são dotadas de alto poder diurético e são recomendadas para “lavar” o organismo, usadas em pós-operatório, tratamento de fígado, eliminação de cálculos, contra distúrbios do sistema nervoso e endócrino, funções hepáticas, renais e digestivas.
Cura e lazer
Dentro do parque também fica o Balneário Hidroterápico, construído no século XX em estilo neoclássico, com vitrais franceses e que oferece diversos tipos de banhos, duchas e saunas divididas, com salas de repouso, fisioterapia e outras aplicações eletroterápicas. São mais de 30 serviços disponíveis, que se dividem entre banhos (de imersão em água mineral ou o aromático), duchas (como a Vichy, escocesa e a circular), sauna masculina úmida e seca, massagens (mediante agendamento), banheiras de hidromassagem e o banho pérola (banheira de hidromassagem que realiza uma relaxante esfoliação na pele, através de jatos de ar). Há também os tratamentos faciais, depilação corporal e facial, terapias holísticas e tratamentos de medicina tradicional chinesa.
A coluna Pelos Brasis é assinada pelos jornalistas Lucas Bólico e Isabela Mercuri. Acompanhe o projeto no Instagram, TikTok, Youtube e Spotfy
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