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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Fêmur de titanossauro pode ser visto em museu de Uberaba, em MG

Foto: Divulgação

Fêmur de titanossauro pode ser visto em museu de Uberaba, em MG
Paleontólogos encontraram um fêmur de 1,4 metros de um titanossauro que viveu em Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro, há cerca de 65 milhões de anos. As informações são do diretor do Centro de Pesquisas Paleontológicas L. I. Price, Luis Carlos Ribeiro, que coordena escavações na região desde 1991. A descoberta foi apresentada nesta sexta-feira (3), no Museu do Dinossauro, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). “As pessoas vão poder tocar o dinossauro. Vai mexer com o imaginário das pessoas e criar uma relação emotiva com o turista. Acho que vai ser positiva esta nova interação”, disse Ribeiro.


Segundo o paleontólogo, o fóssil está aberto para visitação do público e cerca de cem pessoas já viram o fêmur do Uberabatitan ribeiroi. No museu há também uma réplica de 11,5 metros do dinossauro e infográficos que explicam o ciclo de vida do animal no planeta. O animal poderia atingir 14 metros de comprimento por quatro metros de altura.

Este fêmur é o maior fóssil encontrado em Uberaba durante os 20 anos de pesquisas paleontológicas, de acordo com Ribeiro. “Além de ser o maior dinossauro do Brasil é um dos últimos que viveram na natureza e estava logo abaixo de uma camada do solo que pesquisadores consideravam que não haveria mais dinossauros”. Ele foi encontrado às margens da BR-050, que liga Uberaba à Uberlândia, na última quarta-feira (1º) e precisou ser guinchado porque pesa mais de 300 quilos, de acordo com o paleontólogo.

As escavações neste bloco de rochas, conhecido como sítio paleontológico da Serra da Galga, começaram no dia 12 de maio. Neste local, já foram encontrados, desde janeiro deste ano, dois fêmures completos de titanossauros, dentes de outro bicho pré-histórico e material fóssil que pode ter pertencido a animais semelhantes a tartarugas e crocodilos, dos quais ainda não havia descrições no Brasil, segundo o paleontólogo.

O fóssil foi envolto em gesso para que não sofresse nenhuma perda material durante o transporte para o museu. A peça vai ser restaurada e descrita pelos pesquisadores. O nome Uberabatitan ribeiroi é uma homenagem à cidade de Uberaba e ao pesquisador de sobrenome Ribeiro. “É meu filhote”, brincou o paleontólogo.
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