O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com um recurso contra a decisão do júri que condenou Beatriz Abagge a 21 anos e quatro meses de prisão, em regime semiaberto. O MP-PR quer aumentar a pena fixada, além de alterar o regime de cumprimento para o fechado.

Beatriz Abagge foi condenada, no dia 28 de maio de 2011, pela morte do menino Evandro Ramos, no ano de 1992, em Guaratuba. Ela foi acusada de ser mandante do crime, que envolveu um ritual de “magia-negra”.

A Promotoria de Justiça entende que a pena cumprida por Beatriz antes do júri, em prisão provisória não poderia ter sido considerada pelo juiz na decisão. Por ter considerado esse período, o juiz havia concedido o regime semiaberto. O MP-PR também defende que a pena não poderia ter sido diminuída em virtude da confissão de Beatriz, pois desde que foi ouvida no inquérito, em 1992, ela negou o crime.

Outra alegação da Promotoria é que apenas um ano adicional para cada circunsstância qualificadora do crime não é suficiente. O júri considerou Beatriz culpada por homicídio triplamente qualificado - motivação torpe (promessa de recompensa à terceiro), meio cruel e porque a vítima foi morta quando se encontrava indefesa.

Defesa
Na quinta-feira (2), os advogados de defesa de Beatriz Abagge também protocolaram recurso, mas para pedir a anulação do julgamento realizado no dia 28 de maio. Eles apelaram contra o resultado do júri, que foi de quatro votos a três, e querem um novo julgamento.