A morte do agricultor Marcos Gomes da Silva, em Eldorado dos Carajás, não tem qualquer relação com os conflitos agrários no Pará, que causaram a morte de três extrativistas na última semana. A conclusão é do superintendente regional da Polícia Civil paraense, delegado Alberto Teixeira.

Ele ouviu os depoimentos do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) do Estado do Pará, Dejesus Martins Araújo, e da esposa da vítima, Maria Francisca Silva César. Segundo o delegado, o agricultor era ligado a movimentos sociais. Até o fim do dia, novos depoimentos serão tomados.

O agricultor foi assassinado na última quarta-feira (1°). Ele foi baleado duas vezes, a primeira na zona rural de Eldorado de Carajás, mas chegou a ser socorrido. Quando estava sendo levado para o hospital, foi mais uma vez emboscado na estrada que leva à sede do município. A polícia encontrou uma espingarda calibre 44 no local, e investiga se a arma foi a usada no crime.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) considera precipitado descartar a possibilidade de conflito fundiário como motivo do assassinato. Uma equipe da CPT está em Eldorado dos Carajás para acompanhar a investigação.