Mais da metade dos servidores sem função na Assembleia do Paraná foram colocados à disposição nesta segunda-feira (6). Isso significa que eles perderam qualquer gratificação e o salário base pode diminuir “entre 40% e 50%, dependendo do tempo de Casa”, explica ao G1 o primeiro secretário, deputado Plauto Miró (DEM). Basicamente, quanto mais tempo de trabalho, menor a redução.

O recadastramento no Legislativo começou em fevereiro deste ano. O prazo para que 180 pessoas fossem recolocadas terminou na última sexta (3), com mais de 63% dos casos sem solução. Ficou assim: 47 empregadas nos gabinetes, lideranças de partidos e comissões permanentes; 18 no poder Executivo e 115 à disposição.

Entre os nomes da lista dos que não procuraram por trabalho ou não aceitaram recolocação está o da ex-primeira-dama do Paraná, Regina Fischer Pessuti – informou uma fonte. Ela foi procurada para comentar a redução do salário, mas não foi localizada.

Quem está à disposição não precisa mais cumprir expediente. “O que se espera é que nos próximos dias eles procurem colocação”, diz Miró. A legislação não prevê um tempo máximo para permanência à disposição.

Apesar da redução do salário, o tempo de serviço ainda corre, como se a pessoa estivesse trabalhando. “O que vai acontecer é que na aposentadoria o valor do benefício vai diminuir”. Porém, não se pretende esperar, segundo o deputado, até a aposentadoria de um eventual servidor à disposição: “Precisamos de uma reforma administrativa para resolver o problema”.