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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

Notícias | Brasil

Pesquisa da UnB diz que leite em bancos pode perder nutrientes

Um pesquisador da Universidade de Brasília diz que a técnica utilizada no armazenamento dos bancos de leite pode provocar a perda de nutrientes do alimento. Segundo Luiz Antônio Borgo, da Faculdade de Ciências da Saúde, o processo de pasteurização do leite provoca variação no teor de gordura, importante para o crescimento dos bebês devido ao valor energético, maior do que o dos carboidratos.


A pesquisa foi realizada com dez amostras de leite de uma doadora do Hospital Universitário de Brasília em três estados diferentes: um cru, um recém-pasteurizado e oito congelados. As análises duraram oito meses e encontraram variações tanto para mais como para menos nos ácidos graxos, componentes da gordura.

"Cada amostra tinha quantidades diferentes de gordura, mas isso não estava relacionado ao tempo que ficaram congeladas e sim a problemas anteriores a esse procedimento", afirmou Luiz à UnB Agência.

O motivo da variação seria não o processo de pasteurização, mas a agitação envolvida, segundo o pesquisador. “Essa falta de agitação quando o leite está esquentando provoca a ruptura dos glóbulos de gordura, e a ascensão deles”, diz ele.

Segundo a pesquisa, a agitação manual feita a cada 5 minutos nos bancos de leite da cidade seria insuficiente. "Essa pasteurização lenta, sem agitação apropriada, com uma longa exposição ao calor aumenta a quebra dos glóbulos de gordura", diz o pesquisador.

Sugestões
Com a separação, a quantidade de gordura acaba ficando irregularmente dividida ao ser feita a distribuição nas mamadeiras. Além disso, o congelamento do leite também provocaria a separação dos glóbulos de gordura, devido aos cristais formados no resfriamento.

A solução, segundo o pesquisador, seria a melhoria dos equipamentos públicos e a adequação a padrões internacionais. Segundo ele, o prejuízo pode ser reduzido com a redução do tempo entre a coleta e a pasteurização, o uso de um sistema de agitação e recipientes menores para a coleta.

Em entrevista à UnB Agência, a coordenadora de aleitamento materno e banco de leite humano da Secretaria de Saúde do DF, Miriam Santos, defendeu o material distribuído no Distrito Federal. “Todas nossas práticas estão documentadas em teses e dissertações que comprovam não haver problemas na qualidade desse leite”, disse.

A Secretaria de Saúde já tem também licitações encaminhadas para a compra de equipamentos que fazem a agitação automática.
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