O juiz Alvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, determinou que o GDF pague R$ 250 mil ao filho de um homem morto em uma ação policial em Taguatinga, a 21 quilômetros do centro de Brasília. O rapaz vai receber também uma pensão mensal equivalente a um terço do salário mínimo até a data em que seu pai completaria 65 anos.

Na ação, o jovem conta que seu pai dirigia no centro de Taguatinga com um amigo quando os policias militares deram ordem para que ele parasse o carro. Como estava sem seus documentos pessoais, o motorista seguiu em frente. A partir daí começou uma perseguição e os policiais dispararam 15 vezes contra o carro. O motorista foi baleado e não resistiu.

A Procuradoria Geral do DF contestou a ação e denunciou o policial que efetuou os disparos. Disse que não houve comprovação de dano material ou de atividade profissional exercida pela vítima e pediu que o pedido fosse julgado improcedente.

Para o juiz Ciarlini, houve dano moral decorrente do sofrimento do rapaz diante da morte do pai. Ele considerou ainda que a ação policial foi mal planejada.

“A ação decorreu do evidente despreparo, negligência e irresponsabilidade dos policiais que abordaram o veículo da vítima, que não esboçou qualquer reação contra a atividade policial", disse, em sua decisão.