A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra o jovem que participou do assassinato da sogra no dia 25 de maio, no Cachambi, zona norte. Daniel Duarte Peixoto ajudou a namorada, filha da vítima, a planejar e executar o crime. Ele teve a prisão preventiva decretada e responde por homicídio, ocultação ou subtração de cadáver — a dupla ateou fogo no corpo para eliminar provas — e corrupção de menores.
De acordo com a polícia, a morte de Adriana Moura de Rocha foi marcada por planejamento e muita frieza. O delegado Maurício Mendonça, da Delegacia da Taquara (32ª DP), disse que a adolescente de 17 anos pensou nos mínimos detalhes antes de comunicar o desaparecimento da mãe. Na casa onde elas moravam, os investigadores encontraram uma lista com tópicos para criar um álibi.
— Ela anotou coisas como o horário que diria à polícia que acordou, o local onde supostamente estaria no momento do crime. Estava tudo planejado.
A filha da vítima foi condenada à internação em uma unidade socioeducativa pela Vara da Infância e Juventude. Ela deve cumprir três anos de medidas socioeducativas.
Farsa desmascarada
Os namorados procuraram a polícia pouco depois da morte de Adriana, para prestar queixa do desaparecimento da mulher. A adolescente e o jovem tentaram apontar uma vizinha como principal suspeita pelo sumiço.
No entanto, os investigadores conseguiram desmentir os depoimentos quando analisaram câmeras de monitoramento de trânsito da prefeitura. O trajeto do carro dirigido por Daniel não era compatível com o que ele havia descrito.
O casal confessou como ocorreu o crime. A menina contou que, enquanto a mãe dormia, aplicou um mata-leão, golpe usado para estrangulamento. A vítima demorou a morrer e, então, o namorado da filha chegou ao quarto para finalizar o crime com um saco plástico.
Eles colocaram o corpo no automóvel do rapaz, compraram álcool e levaram até um terreno em Duque de Caxias, onde colocaram fogo.