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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Lutador acusado de matar bebê no DF terá julgamento popular, diz TJ

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal proferiu sentença nesta quinta-feira (18) confirmando a competência do Tribunal do Júri para julgar a ação penal contra o professor de jiu-jítsu Daryell Dickson Menezes Xavier, suspeito de causar a morte do enteado de um ano e 11 meses por traumatismo craniano, em março deste ano.


Segundo o TJ, o crime foi praticado por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu deverá permanecer preso, mas pode recorrer da sentença. O processo corre em segredo de Justiça e foi encaminhado ao Ministério Público.

O menino foi internado no dia 27 de março no Hospital Anchieta, em Taguatinga, após ser vítima de uma suposta queda. Servidores do hospital, no entanto, acionaram a polícia após constatarem que os ferimentos não eram compatíveis com os de uma queda.

“A ação de traumatismo foi contundente e a força exercida foi muito grande. Só uma pessoa com porte grande e conhecimento de técnicas, como o padrasto, que era lutador de jiu-jitsu, saberia dar”, disse a delegada Tânia Soares, da 38ª DP. “A criança também tinha uma fissura no ânus, não se sabe se proveniente de abuso sexual, já que constipação também dá fissura.”

De acordo com Tânia, um dos indícios contra o acusado foi a ausência dele no velório e enterro de Miguel Estrela. “A ação de traumatismo foi contundente e a força exercida foi muito grande. Só uma pessoa com porte grande e conhecimento de técnicas, como o padrasto, que era lutador de jiu-jitsu, saberia dar”, disse ainda.

O professor de jiu-jítsu se apresentou à polícia dois dias após a morte, quando já era considerado foragido. Ele se recusou a falar durante o depoimento, mas negou todas as acusações.

Segundo a delegada, a mãe deixou o bebê com o lutador e saiu. Pouco depois, ele ligou dizendo que o menino estava tendo convulsões e alegou que ele havia caído. Os dois levaram o bebê ao hospital.

A delegada afirmou que o homem não compareceu ao velório. “O padrasto passou a ser o principal suspeito pelas contradições e pela versão dos familiares. Fomos juntando e verificamos que ele foi a única pessoa que esteve em contato com a criança. Não houve queda da própria altura, ele não caiu em casa, na escola”, disse a delegada.
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