14 Out 2015 - 10:10
G1
Foto: Reprodução/GloboNews
Na Justiça, o estado alegou que os dois não seriam filhos de Amarildo por não ter sido registrados pelo pai. Dessa maneira, eles não teriam direito a indenização. O advogado explicou que com o resultado desse exame será feita uma nova certidão de nascimento e, em seguida, o pedido de indenização ao estado.
A conclusão dos investigadores, em outubro do mesmo ano, foi de que a tortura aconteceu atrás dos contêineres da UPP. O ajudante de pedreiro recebeu descargas elétricas, foi sufocado com sacos plásticos e afogado num balde por quase duas horas.
Vinte e cinco policiais militares foram denunciados por tortura seguida de morte. O então comandante da UPP, Major Edson Santos, quatro PMs que participaram diretamente da violência, 12 que ficaram de vigia e 8 que estavam dentro dos contêineres e não fizeram nada pra impedir o crime.
PMs que colaboraram com as investigações contaram que o major estava em um dos contêineres e que era possível ouvir gritos. Quando os gritos pararam, segundo eles, um policial entrou num almoxarifado e pegou uma capa de moto preta. Os promotores afirmaram que o corpo foi enrolado nessa capa.
Dos 25 réus, 16 também respondem por ocultação de cadáver. A polícia civil fez várias buscas na mata, mas nunca conseguiu encontrar o corpo de Amarildo de Souza.