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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Sem condições

Médicos fazem protesto em frente ao pronto-socorro e discutem interdição

Foto: Lucas Bólico/OD

presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Edinaldo Lemos

presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Edinaldo Lemos

Médicos, odontologistas e estudantes de medicina e enfermagem decidiram realizar um protesto na porta do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá contra o caos reinante na saúde em Mato Grosso. No principal hospital público do Estado, de acordo com relatos dos médicos, a situação é insustentável e passível de uma interdição ética.


“O código de ética da nossa profissão prevê que o médico não pode trabalhar em condições inadequadas, tanto para o paciente, quanto para o próprio profissional, que é quem acaba assumindo o risco. Essa não é a saída ideal, o melhor seria fazer um compromisso com a prefeitura, o Estado e o Governo Federal, mas pode haver uma interdição ética na unidade”, explicou o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Edinaldo Lemos.

Os médicos alegam que são necessários pelo menos mais 750 novos leitos e pleiteiam um novo hospital na capital com 1000 leitos e a possibilidade de um atendimento de urgência. No entanto, o secretario de Saúde do município, Antonio Pires, afirmou, em entrevista na Secretaria de Saúde, que são necessários menos leitos e esse cálculo apresentado pelos médicos está defasado e foi feito com base em um padrão abandonado ainda na década de 1970 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A presidente do Conselho Regional de Medicina, Dalva Alves, presente na manifestação, também atacou as 170 demissões feitas no pronto-socorro e as outras 130 na Saúde pelo prefeito Chico Galindo. “Se ele sabia que tinha que demitir tanta gente por conta do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), deveria ter feito concurso público antes”.

Márcio Picharra, membro do Conselho Federal de Medicina, também esteve presente no protesto e alegou que pelo menos 40% dos pacientes atendidos pelo pronto-socorro não são de Cuiabá e alguns sequer são de Mato Grosso, o que divide a responsabilidade do hospital entre o Estado e a União.
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