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Caos na Saúde

Prefeitura entrega reforma de nova ala do PS e tenta conter crise

Dois dias após médicos e funcionários do Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSM) pedirem a interdição da unidade a prefeitura entregou a reforma de uma nova ala.

12 Mai 2011 - 10:21

Especial para Olhar Direto - Laís Costa Marques/Da Redação - Julia Munhoz

Foto: Julia Munhoz/Olhar Direto

Prefeitura entrega reforma de nova ala do PS e tenta conter crise
Dois dias após médicos e funcionários do Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSM) pedirem a interdição da unidade a prefeitura entregou a reforma de uma nova ala. Com capacidade para 48 leitos e 56 cadeiras de confortos, a estrutura não alivia o caos instalado na saúde pública da Capital.


De acordo com o prefeito Chico Galindo (PTB), a reforma que custou R$ 1,5 milhão não vai amenizar a situação. “Não vou mentir, nem esta e nem as próximas reformas vão dar conta da demanda de Cuiabá. Mas pelo menos as pessoas têm onde ficar, o caos seria maior se fechasse a unidade”.

Na próxima semana, a prefeitura abre processo de licitação para fazer outra reforma no terceiro andar do pronto-socorro. A verba estimada é de R$ 2,5 milhões e segundo o secretário municipal de saúde, Antônio Pires Barbosa, as obras devem começar em junho.

Atualmente a saúde na Capital custa R$ 27,5 milhões por mês aos cofres públicos e a verba disponível é de R$ 26 milhões, gerando um déficit de R$ 1,5 milhão por mês.

Enquanto a Prefeitura e as secretarias Municipal e Estadual apresentam a ‘ reforma’, na porta do pronto-socorro pessoas denunciam o ambiente desumano a qual estão sujeitadas. Rita de Cássia Rolim de Moura, 50, está com pé fraturado há 11 dias e avisa que não é atendida. “Se eu morrer saibam que foram eles que me mataram”, gritava a senhora indignada apontando para o hospital.

Revoltada, a paciente disse que há dias está sendo transferida do hospital para várias policlínicas. Ela denunciou ainda que os médicos estariam dopando pacientes na tentativa de evitar reclamações. “Estão usando drogas para nos deixar abestalhados e falarmos sempre amém”.

                             Rita de Cássia denuncia o descaso no atendimento do pronto-socorro

O secretário de Estado, Pedro Henry (PP), pontuou que o governo está em ação para diminuir o problema na região da Baixada Cuiabana. Segundo ele, em 120 dias pelo menos três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) serão instaladas, sendo duas em Cuiabá e uma em Várzea Grande. “Só estou aguardando a assinatura do ministro da Saúde para dar início no projeto", explicou.

Área Verde

As obras de reforma apresentadas hoje ampliarão a capacidade do pronto-socorro para mais de 90 leitos, sendo cerca de 50 cadeiras de repouso e observação e 42 camas. Além disso, serão entregues mais três consultórios médicos, dois ambulatórios, um banco de sangue, enfermarias, banheiros e salas de repouso para médicos e enfermeiros.

Reforma
Cadeiras de repousos instaladas na nova ala do pronto-socorro

Anteriormente o espaço abrigava o Box de emergência e grande parte era ocupada por um largo corredor de entrada que dava acesso aos veículos oficiais e ambulâncias.

Terceiro andar

Durante a visita não foi permitido à imprensa acesso a outros setores do hospital, principalmente nos corredores onde foram divulgados vídeos com pacientes em cadeiras ou deitados no chão.

Para justificar, o secretário Antônio Pires disse que onde há pacientes é necessário autorização. O prefeito Chico Galindo, por sua vez, foi mais taxativo e afirmou que não irá mostrar o que a população já viu e sim o que tem sido feito para amenizar a situação.

Atualizada às 10h47
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