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Quinta-feira, 13 de junho de 2024

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Sindicato faz visita a haitianos

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, visitou na tarde desta quinta (2) os 28 haitianos que estão alojados no Distrito da Guia.


Eles vieram do município de Brasiléia, no Acre, contratados pela construtora mineira Urb Topo para atuarem em obras na região. Os haitianos são refugiados, que perderam todos os bens materiais devido às tragédias ocorridas em seu país, principalmente o grande terremoto de 2010.

Em Mato Grosso, eles procuram reconstruir sua vida e para isso estão recebendo R$ 682,00 como serventes da obra. Durante a visita, foram feitos esclarecimentos e tiradas dúvidas sobre os convênios oferecidos pelo sindicato, principalmente o convênio médico. Joaquim Santana explicou aos trabalhadores que eles terão acesso a convênios médicos, de laboratório e dentário, cujos valores serão pagos metade pelo sindicato e a outra com um adiantamento de salário que a empresa se comprometeu a fornecer em caso de doença. Outro compromisso assumido pela empresa foi disponibilizar transporte para Cuiabá em caso de doença.

O gerente administrativo de obras da Urb Topo, André Luis Souto Maior, acompanhou a visita, e elogiou os haitianos pela disciplina e educação. “São pessoas ótimas, não temos problemas de relacionamento. A presença do sindicato é importante, pois, se somos sindicalizados, temos que saber nossos direitos”, disse ele.

Entre os haitianos, a maioria se mostrou interessada em ficar no Brasil, mesmo que não em Mato Grosso. Alguns querem estudar e aprender melhor o português para tentar conseguir um visto permanente. Os trabalhadores questionaram Santana sobre a possibilidade de trazer suas famílias para Cuiabá. De acordo com o presidente, esta será uma das demandas que serão repassadas pelo sindicato à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). “Agora que já conhecemos o alojamento destes trabalhadores, vamos buscar os órgãos competentes para discutir sobre a situação deles, já que o contrato da Urb Topo em Cuiabá encerra-se em seis meses. Vamos ajudar estes trabalhadores a se recolocarem no mercado”.

O presidente reiterou que o sindicato vai trabalhar pela permanência dos haitianos no Estado, já que na cidade de Brasiléia (AC), para onde eles podem ser enviados quando do término do contrato de trabalho, os haitianos estavam desempregados. “Concordo que os trabalhadores devem ficar livres para viver no Brasil, buscar um emprego, formar uma família. Vamos trabalhar para isso, mas primeiro precisamos saber quais são os termos do tratado entre Brasil e Haiti”, comentou Santana. Durante a visita, ficou acertado que os haitianos enviarão ao sindicato cópia de seu visto de estadia no Brasil.

Os haitianos já receberam o primeiro salário, pago nesta quinta pela empresa, segundo Souto Maior. O acordo com a empresa é que eles trabalhem e sejam enquadrados em novas funções de acordo com as habilidades demonstradas. Entre os trabalhadores, há alguns mestres de obras e pedreiros, mas em sua maioria eles têm outro tipo de formação.

O presidente também informou aos trabalhadores que está em discussão entre os governos haitiano e brasileiro a permissão para entrada legal de 1.200 famílias haitianas por ano no Brasil. A empresa já contratou um professor de português para ministrar aulas aos haitianos.

De acordo com Santana, a empresa está cumprindo com todas as regras e o sindicato continuará acompanhando o caso.
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