A operação do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE),  batizada como Rêmora, resultou na apreensão de nove armas na manhã de hoje, 3. Uma delas  de uso restrito das Forças Armadas, um Magnum  calibre 22,  estava  na residência de Giovane Belloto Guizard, apontado com um dos articulares de um esquema que combate esquema de direcionamento de processo de obras de reformas e construção pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).

Leia Mais:
Justiça determina quatro prisões, 12 conduções coercitivas e 20 buscas e apreensões; veja lista de nomes

Na casa dele e um condomínio de luxo às margens da Estrada da Guia, a polícia encontrou ainda um revólver calibre 38 e uma pistola 380. À exceção da Magnum, as demais possuem registro.
 
No total, por força de determinação judicial foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, mas chega a cinco o número de conduzidos em razão do flagrante pelas armas.
 
Com o empresário Joel de Barros Fagundes Filho, os policiais apreenderam um revólver 38, além de duas pistolas 635 e 357. Todas sem registro, além de munição de uso restrito.
 
Já com ex-governador Moisés Feltrin foram apreendidos dois revólveres calibre 38 e uma pistola nove milímetros.
 
No total, o Gaeco prendeu preventivamente os agentes públicos: Fábio Frigeri e  Moisés Dias da Silva, além do empresário Giovane Belatto Guizardi, proprietário da Dínamo Construtora.

Conforme o Gaeco, a organização é composta por três núcleos: de agentes públicos, de operações e de empresários. O núcleo de operações,  após receber informações privilegiadas das licitações públicas para construções e reformas de escolas públicas estaduais, organizou reuniões para prejudicar a livre concorrência das licitações, distribuindo as respectivas obras para 23 empresas, que integram o núcleo de empresários.
 
No total, foram cumpridas ainda dez conduções coercitivas para depoimentos em Cuiabá e outras três no interior do Estado. Todos os presos devem ser encaminhados ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Os empresários ouvidos em depoimento até o momento confirmaram o assédio para o esquema.
 
 A assessoria do MPE informou ao Olhar Direto que todos os conduzidos serão ouvidos ainda nesta data, 3. Como o Gaeco possui imagens das negociatas, os vídeos são apresentados aos empresários para que detalhes sejam fornecidos.