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Quarta-feira, 02 de outubro de 2024

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Coluna do Auro Ida

Nanicos são assediados às vésperas da convenção

O jornalista Auro Ida avalia, em artigo postado na coluna desta segunda-feira (28), que os últimos dias antes da convenção servem para que os dirigentes dos partidos "nanicos" faça um "leilão" na busca por valorização em vários aspectos, agindo muitas vezes de acordo com interesses pessoais.


Bolsa de valores política

Até a próxima quarta-feira, as "ações" dos partidos chamados nanicos estarão a disposição na "bolsa" de valores polí­tica. As negociações, que já se iniciaram antes das convenções, deverão se intensificar a partir de hoje para até o fechamento das atas (30 de junho) para que cada legenda defina o candidato a sucessão estadual que irá apoiar. O assédio aos nanicos pelas coligações, envolvendo os partidos considerados grandes que vão disputar o poder, é em razão aos segundos no horário eleitoral no rádio e TV, que cada agremiação tem direito.

Ciente da importância desses segundos, os dirigentes dos nanicos procuram tirar ao máximo para si e, se sobrar, para o partido. Por isso, eles deixaram as atas em aberto para que as "ações" fiquem ainda mais valorizadas na "bolsa" de valores da polí­tica. Em todas as eleições, infelizmente, esse tipo de negociação acontece debaixo dos olhos da justiça eleitoral, que não tem muito o que fazer. As negociações das ações são feitas sem cunho ideológico, afinidade ideológico etc, mas de acordo com interesse, as vezes, inconfessáveis dos dirigentes partidários.

As exigências são de toda ordem. Espaço no governo, ajuda financeira para a campanha, e tudo mais. Ou seja: quem dar mais, leva. Não é surpresa, portanto, que aliados de ontem se torne hoje adversário, podendo voltar a ser aliado no futuro. Para se ter uma idéia desse tipo de negociação, o PSC, que é presidido pelo Tarcisio Bassam (presidente do CREA), exige o compromisso da entrega de uma secretaria para a legenda. Quem aceitar a proposta, por imposição do nacional, precisa registrar em documento assinado pelo candidato ao governo.

Em ní­vel nacional, o PSC é aliado do candidato do PSDB a Presidência da República, José Serra. Mesmo assim, negocia com candidatos ao governo que não é da sua aliança nacional. Lamentavelmente, os inte resses do população são deixado no saco de lixo da polí­tico, só tirado somente depois que as reivindicações partidárias e particulares de seus dirigentes são atendidas. Ao invés de nanicos, essas legendas deveriam voltar a ser chamadas de partidos de aluguéis, como ficou conhecidos durante algum tempo.

Vice

O governador Silval Barbosa (PMDB), candidato a reeleição, deverá ter o presidenre regional do PP, Chico Daltro, como seu companheiro de chapa. Ex-parlamentar, ex-secretário, Daltro estaria disposto a abrir mão da sua candidatura a deputado federal para ocupar a vaga. Dentro da legenda progressista, outros nomes também são cogitados como dos apresentadores Wanter Rabelo e o vereador Ewerton Pop, além do deputado federal Eliene Lima e o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Deucimar Silva.

Já o candidato do PSDB, Wilson Santos, deseja como companheiro de chapa a ex-primeira dama de Várzea Grande, Lucimar Sacre de Campos. Mas o senador Jaime Campos não aceita a discussão do nome da sua esposa. Na convenção do DEM e PSDB, a ex-deputada Celcita Pinheiro lançou Lucimar, o que deixou Campos extremamente irritado.

Pelo andar da carruagem, o deputado Dilceu Dalbosco (DEM) deverá ir para o sacrifí­cio. Aliado e amigo do ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão, uma das principais lideranças tucanas, ele vê o seu nome crescer nessa discussão e já estaria se preparando para aceitar a missão, embora o seu desejo seja disputar a reeleição.
Já o vice do candidato do PSB, Mauro Mendes, está definido e será o deputado Otaviano Piveta (PDT).
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