O senador Pedro Taques (PDT-MT) fez alerta para a tentativa de alguns parlamentares do Congresso Nacional de tirar o foco da CPI do caso Carlinhos Cachoeira. Ele critica a disputa entre parlamentares da base do governo e o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, que foi acusado de engavetar denúncias apresentadas pela Polícia Federal durante a Operação Vegas, em 2009.

O parlamentar critica a formação de uma cortina de fumaça que impede o andamento dos trabalhos da comissão.
"É tudo menos uma briga republicana. O que alguns parlamentares querem é transformar a CPI na CPÌ do Procurador Geral da República pra fugir do que é importante, do que é interessante e pbjeto da CPI", afirmou.

Segundo ele, o objeto da CPI é uma organização ciminosa que envolve parlamentares. Ele lamenta que ninguém fala mais em parlamentares nem uma possível participação de governadores.

"Ninguém mais fala da participação de parlamentares. Temos que investigar uma grande empresa que durante oito anos ganhou 5 bilhões de reais do PAC. Isto sim deve ser o objeto da CPI. Se alguém entender que o procurador geral precisa ser ouvido, que o represente, que tome as providências. Mas que não venha com bazófia (fanfarra)", declarou.

Para o senador, a tomada de explicações por parte do procurador geral da república deve por fim a polêmica envolvendo a atuação dele e os envolvidos na CPI do Mensalão.

"Ninguém está acima da lei. Nós temos que respeitar a lei", concluiu ao defender a retomada dos rumos da investigação sobre a atuação do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados.