Após a conclusão dos trabalhos desenvolvidos durante o Mutirão do Júri, realizado na última semana, a Comarca de Várzea Grande retomou, em caráter extraordinário, os julgamentos de crimes dolosos contra a vida. A juíza titular da Primeira Vara Criminal da comarca, Maria Erotides Kneip Baranjak, realizará por dia duas sessões de julgamento, uma no período da manhã e outra à tarde.

“O nosso objetivo é alcançar a Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Devemos concluir todos os processos impetrados na Justiça até o dia 31 de dezembro de 2005 e conseguiremos atingir essa meta“, afirmou a juíza. Das 100 audiências marcadas para o Mutirão do Júri, realizado entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro, 92 foram realizadas. “Foi um ótimo resultado. Tivemos participação maciça de advogados, defensores, promotores e, claro, dos juízes e servidores da Justiça Estadual. Por isso conseguimos nos aproximar da meta estipulada para esta semana“, exaltou a juíza.

O Mutirão do Júri teve como objetivo dar andamento aos processos relativos à Meta 2 do CNJ, que estabeleceu como prioridade a identificação dos processos judiciais mais antigos e a adoção de medidas concretas para o julgamento de todos os feitos distribuídos até 31 de dezembro de 2005.

Além do Fórum da comarca, a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, a Câmara Municipal, a Prefeitura de Várzea Grande, o Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) e o Município de Nossa Senhora do Livramento também sediaram os júris populares. Ao todo, 14 juízes, 14 promotores de justiça, 30 advogados e cinco defensores públicos, além de 250 jurados, trabalharam no evento.

De acordo com a juíza Maria Erotides Baranjak, os resultados atingidos durante o Mutirão do Júri representam cerca de dois anos de trabalhos normais desenvolvidos pelo Tribunal do Júri da Comarca de Várzea Grande. “Os colegas saíram muito cansados, mas todos felizes por terem ajudado a desafogar os trabalhos e dar uma resposta ágil à sociedade“, concluiu a magistrada responsável pela iniciativa.