Transcorreu com normalidade e sem registro de qualquer incidente o início da segunda etapa do Concurso Público para Ingresso na Carreira da Magistratura do Estado de Mato Grosso, representada pela prova dissertativa. O exame foi aplicado na manhã de hoje (7 de março), na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, e registrou o comparecimento de mais de 92% dos candidatos habilitados. A exemplo da avaliação anterior, também esta etapa foi acompanhada pessoalmente pelos membros da comissão organizadora do concurso, integrada pelos desembargadores Rui Ramos Ribeiro, Luiz Ferreira da Silva, Juvenal Pereira da Silva e o representante da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso, João Norberto Almeida Brito.
Nessa fase concorreram 343 candidatos que foram aprovadas na etapa anterior do concurso, realizada no mês de novembro com mais de dois mil candidatos. O objetivo desta fase, de acordo com o presidente da comissão, desembargador Rui Ramos Ribeiro, é analisar a capacidade individual de cada candidato quanto ao desenvolvimento, síntese e conclusão nas respostas a serem dadas em cada questão. “Os candidatos tiveram que fundamentar cada uma das 10 questões propostas, é isso que vamos analisar durante a correção da prova, se eles conseguem dar um desenvolvimento a sua resposta de forma fundamentada. Para ser juiz há a necessidade dessa característica”, pontificou o desembargador.
A correção das provas terá início já na próxima semana. A previsão dos organizadores é que até o final deste mês o resultado esteja disponibilizado. Passarão à fase seguinte os candidatos que obtiverem nota mínima de seis (6) pontos.
Para o desembargador Luiz Ferreira da Silva, o concurso “até o momento conseguiu atingir o que foi proposto pela comissão na realização das provas. Tudo tem se desenvolvido dentro da tranqüilidade e lisura”, analisou o desembargador Luiz Ferreira da Silva, cuja avaliação foi compartilhada pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva.
Integrante da comissão de concurso como representante da OAB-MT, o advogado João Norberto Antônio Brito, observou que, tanto quanto o elevado nível organizacional, um fato importante a ser destacado é que as provas foram realizadas como era esperado. “A participação da OAB”, realçou, “é a participação da sociedade dentro de um processo estatal, já que a instituição é desvinculada do Poder Judiciário. Isto é muito importante e está em harmonia com o que entendemos de sociedade ativa e participativa.
Oriundo do Estado de São Paulo para participar da prova, o candidato Alexandre Paulichi observou a satisfação quanto à condução do concurso que, na sua avaliação, transcorre de modo transparente e sem mácula. Idêntica opinião foi externada pela concorrente Juliana Gomes, de Salvador, que acrescentou o fato de considerar as provas com elevado nível técnico. “Pela forma como as questões são desenvolvidas, o candidato tem que deter conhecimento sobre o assunto”, sublinhou, julgando ser este um fator positivo para elevar o nível profissional do futuro magistrado. “O concurso está muito bem organizado em toda a sua estrutura”, adicionou o candidato Wagner Soares, de Cuiabá, para quem a etapa de hoje refletiu a continuidade do nível de organização apresentado desde o início.
