Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Presidente do PT diz que partido vai trabalhar para evitar prévias nos Estados

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse nesta sexta-feira que o partido vai trabalhar para evitar a realização de prévias dentro da legenda entre os candidatos que disputam indicações para cargos majoritários (governos estaduais e Senado) nas eleições de outubro. Dutra disse que as prévias "acirram os ânimos" dentro de qualquer partido, por isso defende o diálogo para a solução de impasses entre os petistas-candidatos.


"Toda prévia, em qualquer processo eleitoral, sempre você tem um processo de campanha que pode acirrar os ânimos. A posição do diretório nacional do PT é pela não realização das prévias", afirmou.

O diretório petista aprovou hoje resolução que recomenda aos seus pré-candidatos não realizar prévias para indicações ao cargos majoritários. O texto afirma que o partido considera as prévias "inconvenientes e politicamente inoportunas" no momento atual.

Segundo Dutra, o diretório fez uma resolução política para mostrar aos pré-candidatos que o partido desaprova as prévias, embora não tenha poderes para proibi-las. "Vamos conversar para tentar evitar que hajam prévias. Em não conseguindo, vamos trabalhar para que os candidatos possam concordar que a decisão de dê nos encontros de delgados regionais", afirmou.

Em São Paulo, Dutra disse que o partido espera a definição do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) sobre o lançamento de sua candidatura ao Palácio do Planalto. Se Ciro optar pelo governo de São Paulo, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT terá que votar no encontro regional a decisão de apoiá-lo. Do contrário, os petistas podem realizar prévias para escolher o candidato ao governo do Estado, já que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) credenciou seu nome na disputa.

O partido, no entanto, defende a candidatura do senador Aloizio Mercadante (SP) para o governo do Estado mesmo com a disposição de Suplicy em sustentar o seu nome na disputa. "Se o PT for ter candidato e o Suplicy mantiver a sua inscrição, vamos tentar trabalhar politicamente no sentido de não haver prévias. Se insistirem, a prévia é um direito inalienável dos candidatos", afirmou Dutra.

O presidente do PT admite, porém, que em Estados como o Rio de Janeiro e o Distrito Federal haverá a realização de prévias para a escolha de candidatos. Em Minas, segundo Dutra, também não há acordo para a escolha do candidato que vai disputar o governo do Estado.

O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel disputa com o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) a indicação do PT para a candidatura ao governo do Estado. Além dos dois petistas, o ministro Hélio Costa (Comunicações), aliado de Lula, negocia uma solução com o PT para evitar o racha da base aliada em Minas.

"Em Minas, eu trabalho para unificar um nome com a aliança com o PMDB. Confio que em Minas a gente consiga uma aliança entre os partidos contra o Anastasia [candidato do PSDB]", afirmou.

Garotinho

Apesar das denúncias de envolvimento do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) em um esquema de desvio de verbas públicas, Dutra disse que o PT conta com o apoio do pré-candidato à campanha de Dilma. "Nós não podemos rejeitar apoio. A Dilma vai estar no Rio fazendo campanha independentemente de subir ou não no palanque de um ou de outro", afirmou.

Dutra reiterou que o candidato do PT ao governo do Rio é Sérgio Cabral (PMDB), uma vez que a iniciativa de demonstrar apoio ao nome de Dilma partiu de Garotinho. "Vamos definir um acordo de procedimentos para Estados onde tivermos mais de um aliado", afirmou.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet