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Sábado, 27 de julho de 2024

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Posse de jurista em Haia é considerada marco para magistratura brasileira

A posse do jurista Antônio Augusto Cançado Trindade na Corte Internacional de Haia, na Holanda, no último dia seis de fevereiro, simboliza, na opinião da presidente da Associação Nacional dos Magistrados (ANM), desembargadora Shelma Lombardi de Kato, um marco para a magistratura brasileira. “O maior peso do nome de Cançado Trindade é sua extrema sensibilidade humana em favor do excluídos, despossuídos”, afirmou a magistrada durante a realização de um culto ecumênico na Igreja São Benedito – Nossa Senhora do Rosário, em Cuiabá, na noite de sexta-feira. O culto foi organizado pela ANM em ação de graça pela posse do jurista brasileiro no principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU). A Corte de Haia julga os crimes cometidos contra a humanidade.



Durante a celebração, a desembargadora apresentou um breve resumo do currículo do jurista, lembrando aos presentes que Cançado Trindade foi juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, da qual foi presidente por duas vezes. “Tem uma trajetória luminosa como professor da Universidade de Brasília (UNB) do Instituto Rio Branco e das principais academias do Mundo”. Afirmou que ele é considerado juiz de extrema sensibilidade humana e social ao proferir importantes decisões contra os Estados violadores dos Direitos Humanos e nos casos de massacre e crimes de torturas ocorridos em todo o Mundo. A desembargadora lembrou ainda que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso foi pioneiro em apoiar a campanha da candidatura de Cançado Trindade, organizada pela ANM.

O culto foi concelebrado pelo padre Pedro Canísio Schröder, conhecido pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos em Cuiabá, que falou da importância de um brasileiro assumir esse posto. “Agradecemos a Deus por sua indicação e também pedimos a Ele para que interceda e oriente (o jurista) na sua luta pela defesa dos direitos humanos nessa Corte da mais alta Justiça”, afirmou. Já o pastor luterano Antonio Carlos, reconheceu a relevância da posse de um brasileiro naquela Corte. Lembrou o brasileiro Rui Barbosa que passou para a história após a conferência de Haia de 1907, ficando conhecido como o ”Águia de Haia”, pelas suas defesas e posicionamento. “E agora, temos outro brasileiro, que acima de tudo, é reconhecido como um defensor incondicional dos direitos humanos”, afirmou o pastor.

Participaram do culto ecumênico os desembargadores Leônidas Duarte Monteiro, Paulo da Cunha e a professora da UFMT, Inês da Costa Marques, representando o desembargador Díocles de Figueiredo. Também estiveram presentes os juízes Fernando Miranda Rocha, Adilson Polegato de Freitas, Clarice Claudino da Silva, Maria Erotides Kneip Baranjak, Gleide Bispo Santos, Ana Cristina da Silva Abdalla, Adriana Sant’Ana Conhingan, a presidente da BPW/Cuiabá, professora, Marilise Doeges e servidores do TJMT.

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