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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Israel diz ter matado chefe dos foguetes do Hamas em Gaza

O comandante do Hamas responsável pelo lançamento de foguetes na direção de Israel, Amir Mansi, a partir da região da cidade de Gaza foi morto neste sábado (10) por fogo terrestre israelense. A declaração partiu de declaração das forças armadas daquele país, segundo relato da rede de televisão americana CNN.


O uso dos foguetes Grad, que eram controlados por Amir Mansi, permitiu que o Hamas atingisse alvos mais distantes dentro de Israel do que antes era possível. Os foguetes Grad carregam mais explosivos do que os foguetes Qassam -- equipamento mais primitivo que era tipicamente usado pelo Hamas até pouco tempo atrás. Alguns dos Grads podem viajar mais de 40 km.

Os militares israelenses dizem que Mansi apontou e atirou dezenas de foguetes na direção de Israel, matando e ferindo civis.

Mansi foi visto disparando um foguete no sábado da região de Jabel Rise, a leste da cidade de Gaza, durante uma operação terrestre do exército israelense. Os militares abriram fogo, matando Mansi e ferindo outros dois membros do Hamas, que foram capturados.

Alerta de Israel

Neste sábado ocorreu o lançamento, por parte da força aérea israelense, de milhares de panfletos na cidade de Gaza avisando que intensificará suas operações no território palestino.

"O Exército intensificará suas operações contra os túneis, os arsenais e os terroristas em toda a Faixa de Gaza", diz o texto, escrito em árabe.

"Para a segurança de vocês e a segurança de suas famílias, pedimos que não se aproximem dos terroristas, dos arsenais e das armas", acrescenta.

A mesma mensagem foi enviada aos telefones celulares dos habitantes de Gaza. O Exército confirmou em um comunicado ter lançado panfletos em Gaza, sem precisar o conteúdo da mensagem.

Apesar da resolução do Conselho de Segurança da ONU e dos aparentes esforços de países europeus e do Egito para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, Israel continua com sua ofensiva na região, destinada, segundo eles, a impedir o lançamento de foguetes pelo Hamas.

"Israel está determinado a lidar com esse assunto até uma conclusão positiva, para que não haja mais terrorismo em Gaza contra Israel", afirmou Rafi Eitan, membro do gabinete de segurança israelense a uma rádio de Israel.

O presidente americano, George W. Bush, disse ao presidente turco, Abdullah Gül, que um cessar-fogo duradouro em Gaza requer o fim dos tiros de foguetes do Hamas sobre Israel e do contrabando de armas, indicou a Casa Branca neste sábado.

Nos ataques desta noite, militares israelenses afirmaram que atingiram pelo menos 40 alvos e mataram 15 militantes do Hamas em confrontos por terra. Moradores da cidade de Rafah disseram que a energia foi cortada após bombardeios a túneis na fronteira entre Gaza e o Egito.

Pela manhã, sete palestinos foram mortos em ataques israelenses no setor de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, segundo fontes médicas palestinas.

A ofensiva israelense custou a vida de 815 palestinos, dos quais 235 crianças e 93 mulheres e dezenas de outros civis, e deixou mais de 3.350 feridos desde que foi lançada, segundo o balanço mais recente divulgado pelo chefe dos serviços de urgência em Gaza, Mouawiya Hassanein.

Do lado israelense, pelo menos 4 civis morreram atingidos por foguetes lançados pelo Hamas, e 10 militares morreram em combate em Gaza ou vítimas de disparos na fronteira. Ao menos 154 israelenses ficaram feridos, 123 deles sem gravidade.

Mediação

O chefe de Estado egípcio, Hosni Mubarak, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, devem se reunir neste sábado (10) no Cairo para tentar progredir nas negociações sobre uma trégua em Gaza.

Segundo fontes oficiais do Egito, os dois líderes discutirão a iniciativa franco-egípcia de cessar-fogo na tentativa de deter a atual escalada de violência.

Os pontos básicos da proposta de Mubarak incluem uma trégua por um período limitado e a abertura das fronteiras para que a população de Gaza possa receber assistência humanitária.

O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert afirmou nesta sexta que Israel vai prosseguir com sua campanha militar em Gaza apesar da resolução de cessar-fogo imediato tomada pelo Conselho de Segurança da ONU. 

Olmert argumentou que os palestinos continuaram lançando foguetes sobre o território israelense. Segundo ele, o Exército continuaria defendendo Israel. "O lançamento de foguetes nesta manhã só mostra que a decisão da ONU é impraticável e não será cumprida pelas organizações palestinas assassinas", disse ele em comunicado. 

Sem prazos

A chanceler israelense, Tzipi Livni, se negou a estabelecer prazos para o fim dos ataques israelenses, afirmando que Israel precisa de qualquer forma alcançar seus objetivos, em entrevista publicada neste sábado (10).

"Não estamos tentando reocupar a Faixa de Gaza. Mas precisamos ver se alcançamos nossos objetivos", disse Livni ao jornal "The Washington Post".

Sobre se os ataques terão terminado quando o novo presidente americano, Barack Obama, assumir o poder, em 20 de janeiro, Livni disse que "quanto menor for o período de combates, melhor para Israel".

"Mas afinal de contas é uma guerra contra o terrorismo", afirmou. "Não pedimos à comunidade internacional que lute conosco. Pedimos que nos dê compreensão e tempo", acrescentou. "Quando terminarem os ataques, Israel terá de estar seguro de que o Hamas não vai se rearmar", disse a chanceler.

"Para ter esta certeza, é preciso enfrentar o tema da chegada de mísseis do Irã para o grupo palestino Hamas e a segurança na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito", afirmou.

Situação humanitária grave

A situação humanitária é grave em Gaza, segundo testemunhas, a agência da ONU que cuida dos refugiados palestinos e organizações não-governamentais que atuam na área.

O serviço médico palestino estima que cerca de um terço dos mortos tenham menos de 16 anos.

A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) anunciou que vai retomar suas atividades de ajuda humanitária na Faixa de Gaza o mais rápido possivel, depois de ter recebido garantias de Israel de que seu pessoal será respeitado pelas tropas.

"A ONU recebeu garantias críveis de que a segurança de seu pessoal, instalações e operações humanitárias seria totalmente respeitada", disse em Nova York Michele Montas, porta-voz da entidade.

As atividades da agência estavam suspensas desde quinta-feira, depois que um ataque a um comboio que levava ajuda humanitária matou dois motoristas palestinos. A ONU atribuiu o ataque ao Exército de Israel.
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