O juiz da 1ª Vara Especializada da Família de Várzea Grande, Fernando Miranda Rocha, que aguarda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apreciar o Procedimento de Controle Administrativo (PCA), disse que a expectativa é que o julgamento seja jurídico e não político. A processo entrou na pauta de votação nesta terça-feira (1º), mas foi adiado devido o pedido de vista da ministra Eliana Calmon.

Ele se diz convicto de que, se o entendimento for jurídico, será promovido a uma de vaga desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). “A expectativa é boa desde que o processo seja analisado do ponto de vista jurídico”, reiterou, em entrevista após a cerimônia de posse da nova Mesa Diretora do TJMT.

Miranda Rocha foi eleito em fevereiro do ano passado, mas não pôde assumir devido aos processos administrativos em que respondia na Corregedoria-Geral de Justiça. Na época, o então corregedor, desembargador Manoel Ornellas, foi quem solicitou a suspensão da posse.

Contra o juiz pesam acusações de emissão de cheque sem fundo à suposta participação em esquema de venda de sentença no Judiciário. A demora na posse de Miranda Rocha vem travando as demais posses e gerando prejuízo ao TJMT.

Ponderado nas colocações, o magistrado afirmou que não se sente muito à vontade para falar sobre o assunto nesse momento e reclamou da imprensa, que, segundo ele, não o ouviu no momento em que o caso veio à tona.