O novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rubens de Oliveira, comparou, em seu discurso de posse nesta terça-feira (1º), o Poder Judiciário a uma aeronave lotada de passageiros e, enquanto comandante dessa tripulação, irá conduzi-la de modo que chegue sã e salva, apesar das turbulências e nuvens negras.

Rubens, que substituiu o desembargador José Silvério Gomes no cargo, faz referência, principalmente à recente crise no TJMT agravada no ano passado por uma série de sucessivos escândalos, envolvendo magistrados e servidores do Judiciário em esquema de manipulação de sentenças.

“Caso não consigamos, ninguém, absolutamente ninguém, será poupado, pois desastres dessas proporções não costumar deixar sobreviventes, máxime em se tratando de honra e respeitabilidade”, enfatizou o magistrado, ao se mostrar ciente da fragilidade da instituição.

Para ele, a única alternativa para evitar um “desastre” é a unificação de propósitos dos magistrados, servidores e a todos que são ligados ao Judiciário. “A primeira providência, dela não fujo, é minha: na presidência do Tribunal de Justiça, prevalecerá a sensibilidade para o diálogo”, assegurou.

Em meio a uma série de cobranças, o presidente da Corte garante ter conhecimento de que o Poder Judiciário não se limita às estruturas e instalações da capital, lembrando do interior do Estado e da primeira instância em si.

A demanda maior concentra-se nas comarcas e, conforme Rubens, o TJMT julgou 18 mil processos no ano passado, enquanto o primeiro grau, 180 mil.

Leia aqui o discurso de Rubens na íntegra