A juíza Maria Erotides Kneip Baranjak declarou nesta sexta-feira (29), dia de sua posse como desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que sua ida para o pleno do TJ não ocorreu antes por falta de merecimento.
“Não estou aqui por merecimento, o tempo me trouxe e a vontade de Deus que tem um projeto grande para mim e pela benevolência dos desembargadores que me colocaram aqui", afirmou com serenidade a nova desembargadora durante a entrevista coletiva concedida momentos antes da solenidade de posse no auditório do TJMT.
A desembargadora disse ainda que a chegada ao novo cargo acontece após anos de serviços prestados à comunidade de Várzea Grande tendo contato direto com os dramas humanos do cotidiano. Erotides sempre teve forte participação nos movimentos comunitários da cidade e ficou conhecida também por ser muito dura nas suas decisões.
“No Tribunal do Júri eu sempre estive ligada a assuntos ligados aos crimes dolosos e crimes contra a vida. A partir de agora terei contato com questões administrativas e cíveis. Vou precisar estudar e me dedicar muito para chegar ao nível dos demais desembargadores", declarou.
Ao ser questionada sobre os 24 procedimentos administrativos que responde junto à Corregedoria Geral de Justiça, a magistrada informou que não tem conhecimento do número exato de denúncias, mas confessou já ter sido punida com advertências, por não responder ofícios, devido à falta de tempo.
"Não tenho conhecimento do número exato porque nunca vim aqui (Tribunal de Justiça) para ver isso, mas já tive algumas punições de advertência em 2004 ou 2005 e porque não tinha condições de responder os ofícios por falta de tempo", afirmou.
Segundo Maria Erotides, seu trabalho foi sempre muito observado pela transparência e isso pode ser notado através da imprensa.
Atualizada às 18h35/ Segunda atualização às 18h39