O prefeito Chico Galindo (PTB) criticou a postura do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), que, segundo ele, só expôs a situação caótica em que se encontra o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), após a investigação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) que resultou na denúncia contra seis servidores que trabalhavam na unidade, entre eles dois médicos, acusados de venderem lugares na fila de espera do Sistema Único de Saúde e retirar medicamentos de forma ilegal.

“Os médicos não se manifestaram sobre o roubo denunciado pelo Gaeco e o pronto-socorro só ‘acabou’ após as investigações da polícia”, afirmou Galindo, ao ser questionado sobre uma eventual motivação política por parte do Sindimed ao denunciar o caos na unidade ao Ministério Público.

Além de divulgarem vídeos que mostram a real realidade do hospital, os médicos realizaram no início desta semana uma manifestação defendendo a construção de uma nova unidade com cerca de mil leitos para atender a demanda do Estado.

Como resposta a ação da classe Galindo, mais uma vez, não economizou nas críticas. “Eu queria que o Sindimed fechasse o PS pra ver o que acontece”, asseverou Galindo.
Para rebater as insinuações do prefeito, o sindicato anunciou que na tarde desta quinta-feira (12) irá realizar uma coletiva. Além da classe médica o sindicato dos enfermeiros também irá conceder entrevista para anunciar apoio aos médicos e apresentar indicativo de greve.

Investigação Gaeco

O Gaeco denunciou, no início do mês, seis servidores que vendiam lugares na fila de espera do Sistema Único de Saúde e retirar medicamentos de forma ilegal do Pronto Socorro de Cuiabá. Os acusados cobravam entre R$ 300 e R$1.500 para burlar o sistema de regulação.