A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, informou nesta quinta-feira (12) que marcou para terça-feira (17) a acareação entre o principal acusado de matar as irmãs Juliana e Josely, de 15 e 16 anos, Ananias dos Santos, e sua namorada, a enfermeira Maria José Silva, de 50 anos.
A namorada de Ananias também foi indiciada por participação no crime, mas ainda não teve prisão decretada pela Justiça de Cunha. A polícia teve acesso ao registro de ligações telefônicas que teriam sido efetuadas por ela para o suspeito uma hora antes dele executar a tiros as duas irmãs. Logo após o crime, houve novas ligações.
No último dia 3 de maio, quando foi ouvido pela última vez, Ananias reforçou sua versão de que o motivo do crime foi a maneira hostil como era tratado pelas meninas e de que a namorada não teve participação. Segundo a polícia, a acareação se faz necessária para confrontar as versões.
Prisão e prorrogação
Ananias dos Santos está detido na Penitenciária I de Potim, em cela separada, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária. Sua prisão foi prorrogada por mais 30 dias.
Ele ainda cumpre prisão temporária, segundo o delegado responsável pelo caso. A partir desta quinta-feira são contados 60 dias para a conclusão do inquérito.
O caso
As duas jovens desapareceram em 23 de março, quando voltavam da escola. Cinco dias depois, os corpos foram encontrados na Zona Rural, a 12 km de onde moravam. Elas foram mortas a tiros. O suspeito foi preso no dia 11 de abril, na casa dos pais, também em Cunha.
Segundo a polícia, ele estava na casa da irmã, que fica ao lado da residência de seus pais. Para a polícia, ele matou as irmãs e depois teve ajuda de duas ou três pessoas para deixar os corpos no meio da mata, em uma região de difícil acesso.
Ananias cumpria pena no Presídio Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé, também no interior, mas não voltou depois da saída temporária de Páscoa, em 2009. Desde então, Ananias passou a morar com os pais, na zona rural de Cunha, no mesmo bairro em que as adolescentes viviam.
