As visitas à Torre Eiffel estão suspensas desde a manhã desta quarta-feira (8) devido a uma paralisação dos funcionários que trabalham na atração. Na tarde desta quinta-feira, uma das quatro entradas para a torre chegou a abrir, mas foi fechada horas depois, por um grupo de grevistas. Centenas de turistas foram frustrados pelo protesto.
Os cerca de 300 funcionários da empresa que opera a atração turística mais famosa de Paris realizam uma greve por conta das suas condições de trabalho. Eles reivindicam o pagamento de um bônus salarial e a inclusão de roupas de frio em seu uniforme.

Em entrevista à agência de notícias Associated Press, Karim Herzallah, membro do sindicato dos funcionários da Torre Eiffel, ressaltou ainda que o ingresso para a atração aumentou de 12 euros para 13 euros no último dia 4 de abril. "O custo da visita à torre subiu, mas nossos salários não. Isso não é normal." No ano passado, a torre recebeu 7 milhões de visitantes, 75% deles estrangeiros;

Outra funcionária, Said Afettouche, ressaltou o fato de a equipe passar muitas horas de pé ao ar livre, o ano todo, usando apenas um uniforme de algodão e uma gravata. "Nós ficamos oito horas por dia no frio. Nós queremos um bônus."

Funcionários e empresa negociam nesta quinta-feira. Enquanto isso, a Torre Eiffel permanece fechada aos turistas, em pleno feriado de Páscoa. O segurança Jimmy Blanche lamentou todo transtorno causado aos turistas, "mas temos famílias para alimentar".

"Era para ser o ponto alto da viagem", disse o turista australiano Leone Woods. Ele esperou mais de três horas pela abertura de um dos portões, sem saber que isso jamais aconteceria. "Eu acho que o protesto é justo. Eles precisam de roupas mais quentes", afirmou Nina Davis, também australiana, que foi à torre com a filha.