Uma casa ficou totalmente destruída após um incêndio ocorrido na tarde deste sábado, no bairro Popular, em Cuiabá. O incidente não deixou feridos, mas gerou uma briga de família, já que na residência moram três irmãos e um deles, identificado como Sangue, foi acusado de ter iniciado o fogo. 

No  fundo da residência funcionava um ferro velho, o que acabou dificultando o trabalhado do Corpo de Bombeiros. De acordo com um dos moradores, Sebastião Gonçalino de Assis, 53 anos, dono da oficina, o Sangue, seria usuário de drogas e já teria colocado fogo na casa outras duas vezes.

O outro irmão de Sebastião, identificado apenas pelo apelido de Macaco, também seria dependente químico e no momento do incêndio entrou em desespero, querendo agredir Sangue. A Polícia Militar evitou a briga.

Apesar de Sangue ser acusado de ter iniciado o fogo, ele, em um ato heroico,  conseguiu salvar sua cadela e a ninhada com cinco filhotes. Ele conta que nem estava na casa no momento do incêndio e quando chegou conseguiu salvar a cadela, a televisão e ainda retirar alguns pneus.

Uma moradora da região, que viu o início do fogo pela janela do apartamento também confirma a versão de Sangue, bastante conhecido pela vizinhança.



Houve reclamação por parte dos moradores da rua na demora do Corpo de Bombeiros para chegar ao local. No entanto, o sargento Vanderlei Geraldo da Silva informou que eles estavam atendendo outra ocorrência na região do Coxipó e o veículo estava sendo reabastecido no momento do chamado.

“Com o trânsito acabamos demorando a chegar”, justificou o militar bombeiro, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Ainda de acordo com o sargento, no momento da emergência no bairro Popular, estava ocorrendo um incêndio em Chapada dos Guimarães e algumas viaturas ainda estão na cidade atendendo a demanda, reduzindo desta forma o número de caminhões disponíveis para atender  Cuiabá.

Mesmo assim, após quase duas horas o incêndio na residência foi controlado, porém a estrutura da casa ficou comprometida.

O sargento informou que as instalações e fiações na casa são caóticas e os equipamentos do ferro velho dificultaram o combate. Agora será elaborado um laudo técnico e o relato da ocorrência pelo Corpo de Bombeiros, que irá encaminhar para a Polícia Civil, responsável pela investigação. Se realmente houver a suspeita de que o incêndio foi criminoso, uma equipe da perícia técnica será enviada ao local.

Roberto Castro Pinto, morador há 10 anos do bairro, estava indignado com a falta de fiscalização dos órgãos competentes. Segundo ele, a Cemat não toma conta das gambiarras na fiação e nem sabe se a oficina possui alvará para funcionar.

“Tem dias que a gente nem consegue passar na rua com tanto carro velho espalhado. Olha lá a fiação da casa dele, e a Cemat não faz nada. As autoridades também são responsáveis”, reclamou em entrevista ao Olhar Direto.




Mais informações em instantes. Atualizada às 16h59/Segunda atualização com correção às 22h11