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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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MATUPÁ

Um vereador e três ex-parlamentares estão entre os julgados por chacina

Foto: Reprodução

Elywd e Tonho Goiano (fotos atuais) e Elo Eidt e Arlindo Capitani (fotos à época da chacina)

Elywd e Tonho Goiano (fotos atuais) e Elo Eidt e Arlindo Capitani (fotos à época da chacina)

Um vereador e três ex-vereadores estão entre os 18 homens acusados de promover uma chacina no município de Matupá (700 quilômetros de Cuiabá), em novembro de 1990, e sentarão no banco dos réus no próximo mês de outubro. Em virtude do grande número de réus, o juiz titular da Comarca de Matupá, Tiago Souza Nogueira de Abreu, determinou o desmembramento do processo e marcou quatro sessões para a realização do júri popular.


O vereador Elywd Pereira da Silva, o “Lacerda” (PMDB), eleito em 2008 e que está no exercício do mandato, é um dos que serão julgados. Ele senta no banco dos réus no dia quatro de outubro, junto com Luiz Alberto Donin, Mário Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e, Elo Eidt – que era vereador à época. Elo, inclusive, foi presidente do segundo biênio - 1991 a 1992. Eidt continua em Matupá no ramo empresarial.

Quem também era vereador naquele ano e que será julgado, no dia 17 de outubro, é Arlindo Capitani, que hoje atua na área de construção civil na cidade. No mesmo dia, haverá o júri de Valdemir Pereira Bueno, Santo Caioni e Alcindo Mayer.

Outro muito conhecido no município e que também passará pelo julgamento popular será o ex-vereador, por quatro mandatos, Antônio Pereira Sobrinho, o “Tonho Goiano”, que foi eleito em 1992, reeleito em 1996, 2000 e 2004 (sendo o mais votado neste ano). Tonho também foi presidente da casa no biênio 2005 e 2006. O julgamento dele será no dia 24, junto com José Antônio Correa, Roberto Konrath e Enio Carlos Lacerda.

Outros envolvidos na chacina vão a julgamento no dia 10: Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade.

Os 18 são acusados de torturar e queimar, ainda vivos, Ivacir Garcia dos Santos, 31, Arci Garcia dos Santos, 28, e Osvaldo José Bachinan, 32. Os três, durante uma tentativa de assalto, haviam entrado em uma residência do município e mantido duas mulheres reféns por mais de 15 horas.

A Polícia Militar foi acionada e os assaltantes se renderam. No entanto, eles foram capturados pelos populares, levados até a praça pública, espancados e queimados. A ação foi registrada por um cinegrafista e as imagens repercutiram em todo o mundo.

Conforme o magistrado, o artigo 80 do Código de Processo Penal faculta a separação dos processos pelo excessivo número de acusados ou outro motivo relevante. No caso em questão, o magistrado considerou que, além da peculiar complexidade, está evidente o grande número de acusados e a diversidade de testemunhas, que poderia, além de estender demais a sessão do júri, confundir os jurados quanto à personificação de cada um e dos fatos por eles supostamente praticados.
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