Enquanto oito municípios de Mato Grosso já quitaram o débito com precatórios, Cuiabá e Várzea Grande se esforçam para dar conta das dívidas pendentes, algumas com mais de 100 anos de pendência, o que torna o quadro delicado em amabas as cidades. As duas prefeituas trabalham em conjunto com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para tentar resolver a situação considerada crítica pelo juiz José Luiz Lindote, responsável pela Central de Precatórios.

A dívida de Cuiabá está estimada em R$ 150 milhões e provavelmente levará anos para ser quitada, porém, o magistrado adianta que a prefeitura é parceira e repassa regularmente 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) do município para a Central de Precatórios.

Lindote contou ainda que está sendo organizada uma semana de negociações junto à Procuradoria Geral do Município para que uma relação de credores recebam os precatórios. A intenção é adiantar ao máximo o pagamento.

Em Várzea Grande, a situação não é muito diferente e também preocupa o magistrado. Ele explica que as dívidas são muito altas, o que dificulta na hora da negociação e no pagamento, mas mesmo assim, se mantém otimista, principalmente porque a Prefeitura também tem cumprido o repasse de 1% da RCL.

Segundo Lindote, os municípios mais antigos sofrem mais com os precatórios, porque acabaram herdando muitas dívidas. Por outro lado, cidades como Diamantino, Nova Mutum e Campo Verde zeraram o débito e ganharam fôlego no orçamento.