O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Rubens de Oliveira, ‘ignorou’ o descontentamento do desembargador Manoel Ornellas, que deixou a sessão do pleno de eleição dos quatro juízes que ocuparão as cadeiras deixadas pelos magistrados aposentados, na manhã desta segunda-feira (29). Segundo Oliveira, o que importa é que o déficit do TJ foi completado.

“O que importa é que nós completamos hoje as vagas restantes do TJ. As questões de discussão de plenário, isso é matéria que a gente vai ter que enfrentar, mas o que tem que ficar claro é que o Tribunal cumpriu sua missão”, afirmou o presidente, ao lembrar que desde o ano de 2009, o Tribunal de Justiça vinha funcionando com desembargadores a menos.

Durante a sessão, cada desembargador teve que apresentar notas individuais aos candidatos e justificar as pontuações, porém Manoel Ornellas optou por avaliar apenas os três que considerava aptos para compor a listra tríplice, para as vagas por merecimento, e deu nota zero aos outros 11 candidatos.

A forma de votação adotada por Ornellas motivou certa discussão entre os demais desembargadores do pleno, que por maioria, optaram por anular a votação do colega. Visivelmente irritado, o magistrado pediu para se retirar e não participou mais da eleição.

Ao final da sessão, Rubens preferiu não polemizar a postura adotada por Ornellas. “Não tem mal estar nenhum, é uma questão de entendimento. Você pode dar a nota que achar que o candidato merece, mas você precisa justificar por que. Isso que a resolução permite, acabar com os tais favoritismos”, finalizou. 

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