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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Paquistão e Afeganistão aprovam planos de Obama para ampliar guerra na região

Os governos do Afeganistão e do Paquistão expressaram satisfação e aprovação com o novo plano anunciado nesta sexta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para enviar 4.000 soldados adicionais para território afegão e triplicar para US$ 1,5 bilhão a ajuda americana aos paquistaneses.


"O presidente Asif Ali Zardari destaca as iniciativas do presidente dos Estados Unidos para o Paquistão, em particular o apelo ao Congresso de seu país para fazer aprovar uma ajuda anual de 1,5 bilhão de dólares ao Paquistão", diz a a agência estatal de notícias de Islamabad, APP.

Obama afirmou em anúncio oficial que a rede terrorista Al Qaeda --responsáveis pelos ataques-- encontrou solo seguro no Paquistão e por isso os EUA devem expandir a "guerra ao terror" do Afeganistão para o país vizinho.

"Oito anos depois do 11 de Setembro, a Al Qaeda, incluindo sua liderança, Osama Bin Laden, foram para Paquistão", afirmou Obama. "Muitos especialistas alertam que a Al Qaeda está preparando ataques enquanto fica segura no Paquistão e, se deixarmos a situação como está, o país se tornará a sede do grupo que quer destruir os Estados Unidos."

O presidente paquistanês, segundo a APP, recebeu o discurso de Obama como meio de "fortalecer ainda mais os laços de amizade entre os dois países".

Obama, contudo, ressaltou que os EUA não escreverão "um cheque em branco" a Islamabad. "O Paquistão precisa mostrar trabalho", disse o democrata, que pediu ainda a aprovação de um segundo projeto de lei que "ajuda a desenvolver a economia na fronteira e criar oportunidades".

Afeganistão

Obama afirmou ainda nesta sexta-feira que "a situação é cada vez mais perigosa" no Afeganistão e anunciou que enviará mais 4.000 soldados adicionais, além dos 17 mil já previstos, ao país nos próximos meses.

Os soldados adicionais serão destinados ao treinamento das forças de segurança afegãs já que os EUA não estão no Afeganistão "para controlar o país".

O Afeganistão saudou a revisão da estratégia americana na região e ressaltou a mensagem de Obama de que a ameaça da Al Qaeda provém do Paquistão --país para onde, segundo os militares, as forças do grupo islâmico radical Taleban, que foram derrubados do poder no Afeganistão em 2001, foram buscar refúgio.

"Saudamos a declaração do presidente Obama e aprovamos o seu conteúdo", declarou o porta-voz da Presidência afegã, Homayun Hamidzada.

"Apreciamos particularmente o reconhecimento do fato de que a ameaça imposta pela Al Qaeda emana do Paquistão e representa um perigo para o Afeganistão e para nossos amigos da comunidade internacional", acrescentou.

"A revisão da estratégia americana leva em consideração os pontos para os quais havíamos alertado nossos amigos americanos, em particular a dimensão regional do problema", prosseguiu o porta-voz.

O presidente Hamid Karzai se manifestará nos próximos dias sobre o tema, segundo o porta-voz. Quando Obama anunciou o envio dos 17 mil soldados adicionais ao pais, Karzai declarou em entrevista que a ajuda chegava sete anos atrasada.
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