Uma garota de 14 anos, residente de Nova Jersey (EUA), está sendo acusada por pornografia infantil depois de postar quase 30 autorretratos de nudez explícita no site de relacionamentos MySpace --caso esteja convicta, a acusação pode registrar isso como crime sexual.
O caso é mais um indício sobre como procuradores-gerais dos EUA estão perseguindo a pornografia infantil cujas origens são dos próprios adolescentes enviando fotos de nudez para aparelhos celulares e e-mails.
Especialistas legais dizem não recordar de outros casos resultantes de adolescentes postando imagens em sites de relacionamento.
O MySpace não quis comentar a investigação em Nova Jersey --entretanto, a companhia tem uma equipe que revisa a rede social, a fim de evitar imagens inapropriadas.
O Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas avisou as autoridades locais sobre as imagens da adolescente. Os oficiais investigaram e descobriram que a menina havia colocado fotos "muito explícitas" de si própria, disse o porta-voz da polícia.
"Consideramos este caso como um alerta para que os pais acordem", disse o porta-voz. A garota colocou as fotos na rede social porque "ela queria que seu namorado visse."
Segundo o porta-voz, investigadores estão procurando por pessoas que, possivelmente, tenham conhecimento e envolvimento com o crime. No entanto, ele não deu mais detalhes porque o caso ainda está em investigação.
A jovem, cujo nome não foi revelado em decorrência da idade, foi detida e acusada por posse e distribuição de pornografia infantil. Ela foi liberada da custódia da mãe, ou seja, responderá ao crime sem a consideração de ser menor de idade.
Se realmente houver convicção de que ela distribuiu pornografia, ela deve ser forçada a registrar o estado como crime sexual, de acordo com a Lei Megan (de 1996, assim chamada em homenagem a uma vítima de Nova Jersey), disse a procuradora-geral Anne Milgram. Ela também pode pegar até 17 anos de prisão.
O fenômeno do "sexting" está desafiando procuradores-gerais nos EUA. Estados como Pensilvânia, Connecticut, Dakota do Norte, Ohio, Utah, Vermont, Virginia e Wisconsin estão acusando adolescentes, a fim de tentar impedi-los de enviar e receber imagens pornográficas.