Membros do Ministério Público e da magistratura de Mato Grosso participam nesta quarta-feira (21/9), em Brasília, de uma grande mobilização organizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) para cobrar apoio do Congresso Nacional no sentido de apoiar reivindicações das categorias.
O ato público, batizado de O Dia Nacional de Valorização da Magistratura e do Ministério Público, começou às 11h no Salão Negro do Congresso Nacional, e reúne cerca de 1,5 mil pessoas. O objetivo é atrair a atenção dos parlamentares para a aprovação de projetos de lei que garantam compensação salarial pelas perdas com a inflação.
De acordo o presidente da Associação Matogrossense dos Magistrados (AMM-MT), Vinícius Grahyva, o movimento reivindica, em princípio, a valorização salarial, recomposição de perdas, irredutibilidade dos vencimentos e uma política de segurança para exercício das atividades.
"As causas são mais do que justas porque hoje há uma insegurança para as duas carreiras. A magistratura e os promotores do Ministério Público são as duas únicas carreiras que não possuem planos de cargos e carreiras e sequer temos adicional por tempo de serviço", argumentou.
O presidente da AMB, Nelson Calandra, afirma que a magistratura não é uma atividade política. Segundo ele, por este motivo, a voz dos magistrados sempre ficam um tom abaixo do tom usado na política.
"Acabamos ficando sempre para trás. Nossos pleitos ficam em segundo plano. Precisamos ter mais condições para exercermos nosso papel e precisamos recuperar as perdas inflacionárias que corroem nossos vencimentos para atendermos as nossas necessidades básicas", justificou.
Recentemente, a presidente Dilma Roussef decidiu cortar o reajuste salarial previsto na proposta de orçamento do Judiciário. O Plenário do Supremo deixou claro que a sua proposta deveria ser integralmente incluída no orçamento de 2012, podendo ser reduzida apenas pelo Congresso Nacional. Estes fatos certamente trouxeram mais importância ao evento promovido nesta quarta-feira.
Durante a manifestação será entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal e ao procurador-geral da República manifesto com as principais reivindicações e posicionamentos da magistratura e do Ministério Público — o documento já foi entregue ao vice-presidente da República, Michel Temer.
Atualizada e corrigida às 14h35
