Uma tradicional família de Porto Esperidião (a 322 km de Cuiabá) foi alvo da Operação Mahyah, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Cáceres, nesta sexta-feira (24), segundo revelaram fontes policiais daquele município. O principal preso nesta manhã foi o produtor rural Adalberto Pagliuca Filho.

Um mandado de prisão contra ele teria sido cumprido com auxílio de agentes da Polícia Civil, que também prenderam a esposa Regina, o genro Joelson e os filhos de Adalberto – “Azul”, e “Neto”.

A família Pagliuca é tradicional na região e possui várias propriedades rurais, como a fazenda Santa Maria. Numa ocasião curiosa, inclusive, Adalberto teria sido entrevistado pelo programa televisivo Globo Rural como produtor agropecuário na Bolívia, onde também teria fazendas.

A operação Mahyah, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta manhã para desmantelar uma quadrilha do narcotráfico internacional. Mais de 22 prisões foram efetivadas em Mato Grosso, incluindo a do chefe da quadrilha e sua família.

Mais de R$ 15 mil em espécie também foram apreendidos, ao lado de dez carros (incluindo um Ford Fusion, um Fiat Strada, um Hyundai Sonata e um Volkswagen Amarok), cerca de oito quilos de pasta-base de cocaína e pelo menos quatro armas de fogo.

As investigações que agora culminam na operação têm sido realizadas desde janeiro. Fora as prisões e apreensão de hoje, a PF já efetuou 18 referentes à investigação nos últimos dez meses. Foram também apreendidos 230,5 kg de pasta-base de cocaína, R$ 40 mil em espécie e veículos.

Os crimes atribuídos aos indiciados são de tráfico interestadual de drogas e associação para o tráfico, previstos nos artigos. 33, 35 e 40, V, todos da Lei n.º 11.343/2006 (Lei de Drogas).

A PF explica que o nome da operação provém de um dialeto siciliano, o qual significa “máfia”, e também existe no árabe, que quer dizer “audacioso”.


Atualizada às 16h38 e às 17h08.

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