O chefe do esquema de narcotráfico internacional desmantelado pela Polícia Federal (PF) em Porto Esperidião (a 322 km de Cuiabá) nesta manhã (25) na operação Mahyah, Adalberto Pagliuca Filho, já fora preso em flagrante anteriormente por envolvimento com narcotráfico na fronteira e também responde na Justiça de Vila Bela da Santíssima Trindade a processo penal acusado de crimes de formação de quadrilha armada, concussão e usurpação de função pública.

O Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron) prendeu Adalberto, também conhecido como “Beto” ou “Betão”, em maio do ano passado, também em operação deflagrada contra o narcotráfico na fronteira, por posse de munição de uso restrito das Forças Armadas.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão numa das propriedades rurais de Adalberto. O Gefron recebera denúncias de que o local era utilizado como ponto de recepção e distribuição de drogas, inclusive com uma pista de pouso e decolagem de aeronaves. Os policiais encontraram munições de uso das Forças Armadas, rolos de plástico transparente, rádios, chips de telefone celular, balança de precisão e R$ 17,7 mil em dinheiro.

Já em Vila Bela, Adalberto teria tido participação num esquema de roubo de carretas de gado que teria contado com a participação de policiais. O processo, relativo ao ano de  2007, ainda corre em primeira instância.

Família

O Gefron também tem o  registro de um suposto envolvimento de outro membro da família Pagliuca com o narcotráfico na região de Porto Esperidião. Em março de 2008, dois homens investigados foram interceptados pela polícia indo em direção à propriedade do fazendeiro Moisés da Silva Pagliuca. No local, a polícia encontrou 36 invólucros de substância aparentemente entorpecente, uma espingarda e um revólver.