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Sábado, 27 de abril de 2024

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Bairro Santa Amália sofre com estrutura e saneamento precários

Moradores do bairro Santa Amália têm suportado quase todas as falhas possíveis por parte da administração municipal. A avenida principal do bairro, larga e com o asfalto preservado, até engana. Porém, a maior parte das casas da região está espalhada por ruas sem asfalto, com buracos onde o esgoto corre e o lixo se esconde. Para os mais antigos do local, o bairro nunca esteve em situação tão grave, retratada pelo abandono do próprio Centro Comunitário.


“Aqui já foi um bairro bom. O Santa Amália acabou”, declara Mauro de Souza Ramos, de 44 anos, que vive no bairro há 25. Sua casa é de esquina, mas nenhuma das ruas apresenta pavimentação que ele considere decente. “A prefeitura só tampa buraco onde passa linha de ônibus. Nas outras, até o mato cresce”, reclama.

Mauro é motorista, mas há 20 anos vende bolo de arroz na vizinhança. Visitante de tantas casas da região, constata também a irregularidade do serviço de água na maioria das residências e a coleta de lixo insuficiente que provocou a criação de um pequeno “lixão” no matagal que separa o Santa Amália do bairro Santa Angelita.

Não muito longe da casa de Mauro, a cabeleireira Marisa Saraiva, 32 anos, vê o mês de novembro passar com preocupação. Logo as chuvas vão ficar mais freqüentes e a rua dela, insuportável. Ela mora há 11 anos na rua Canário, que ironicamente consta como “asfaltada” no cadastro da Prefeitura. Marisa se revolta ao lembrar de quando teve de pagar R$ 80,00 à Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) cinco meses atrás a título de taxa para quebrar o suposto asfalto pela ligação de água de sua casa.

E como a casa de Marisa fica numa parte mais baixa da rua, o esgoto das infiltrações nas fossas sépticas de casas acima, corre todo para a frente de seu portão. Quando chove, além da dificuldade para se passar com carros e de caminhar no lamaçal, a água leva parte do lixo que os moradores colocam em frente à casas e que não é recolhido com a freqüência necessária pelo serviço de coleta. “Tudo que há de ruim vem parar aqui na minha porta”.

Retrato

Para Marisa, uma representação do abandono de seu bairro está bem perto de sua casa. O prédio do Centro Comunitário, ao lado da igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, é retrato do descaso. O local está abandonado, com janelas quebradas, porta enferrujada, sujeira e vem sendo usado por alguns usuários de droga do bairro como ponto de consumo. O mato cresce ao redor e no terreno em frente, utilizado por moradores para jogar e queimar lixo e como esconderijo de marginais, vem aumentando a sensação de insegurança principalmente à noite.

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